Publicado por Anónimo
em 27 de fevereiro de 2008 às 5:02 da tarde.
Ora cá estamos nós.
A ECW desta semana começa com acção Tag – Team. Kelly Kelly juntou-se ao jamaicano Kofi Kingston para o combate contra Marella e Layla. Kofi Kingston continua a mostrar bom serviço. Marella, serve para uma pessoa se divertir. A vitória coube a Kelly Kelly e Kofi Kingston. O Pin foi aplicado por Kelly Kelly a Layla.
Passa uma promo sobre Maria a pousar na Playboy. Passa outra promo sobre a Wrestlemania. Faltam 32 dias amigos!
Combate entre Stevie Richards e Mike Knox. Knox dominou todo o combate, mas a vitória coube a Stevie Richards. Continua o push a Richards na “ Land of Extreme “.
Promo de bastidores entre Delaney e Tommy Dreamer. Temos equipa! Raw Rebound. A promo de JBL e Vince é recordada.
Combate Tag Team, Morrison e Miz vs Dreamer e Delaney. O Delaney só está bem a levar porrada pelos vistos. O combate foi ganho por Delaney e Dreamer. Dreamer efectuou o Pin em Miz.
Foi passada em revista a conferência de imprensa da Wrestlemania 24. Promo de bastidores de Miz e Morrison. Passam promos sobre a Wrestlemania.
Chavo Guerrero vem assistir ao main-event Main event de ameaça tripla em que o vencedor ganha uma oportunidade pelo ECW title. Participantes: Punk, Burke, Shelton Combate rápido, mexido digno de Main Event. A vitória foiu para Punk ao aplicar o seu GTS a Burke. No fim CM Punk e Chavo Guerrero têm a chamada troca de olhares. Para a semana novo Chavo vs Punk pelo título.
Numa semana que ficou indelevelmente marcada pela comovente cerimónia em que recebi o emblema de prata de dedicação (leia-se “pin”) pelos 25 anos de sócio no Benfica, temos que a WWE deu mais alguns passos importantes no sentido de definir o programa para o grande evento do ano, no qual de certa forma já se inclui o Hall of Fame da noite anterior. E esta última tem tudo para acabar em grande, com a presença (finalmente) do The Rock para homenagear o seu pai e avô, e do Ric Flair a 24 horas de terminar a sua carreira como wrestler activo. Promete, sem dúvida.
Quanto à Raw praticamente dita, parece que finalmente estamos a ver o final da storyline do Hornswoggle como filho do Vince McMahon. Rezam os rumores que a ideia original era o filho do Vince ser o Mr Kennedy, mas que por este estar suspenso a coisa levou uma volta e acabou por ser o Hornswoggle o escolhido, fazendo por fim jus ao nome de Little Bastard. Nunca achei que tivesse sido uma boa ideia, e o meu único problema com vê-la terminar é saber que ainda temos alguns momentos embaraçosos pela frente antes desse dia. Ao menos o combate JBL vs. Finlay pode ser brutal, mas acho que nem um nem outro está suficientemente over para o público se ralar muito com isso.
O Ric Flair já escolheu quem vai ser o seu último adversário no ringue (fora os combates de nostalgia que por certo ainda fará depois da reforma) e a escolha recaiu no Shawn Michaels, como aliás toda a gente previa. Estando o Trips ocupado na luta pelo título, sobrava para o HBK pôr fim à carreira do Flair. É lógico que esta poderia ser uma boa oportunidade para pôr um heel totalmente over, mas pessoalmente concordo com a escolha. O Flair merece despedir-se com dignidade, no meio de um discurso comovente e abraços ao HBK, não é ser esmagado e deixado inerte numa poça do próprio sangue por algum Snitsky. Além de que nunca concordei com essa ideia de que os veteranos têm alguma obrigação de pôr os jovens over... há gente que parece só querer ver putos de 20 à porrada uns com os outros, quanto a mim prefiro um HHH vs. Undertaker any given day.
Com o regresso do palerma do Cena temos grandes lutadores nitidamente no limbo, nomeadamente Jeff Hardy e Chris Jericho. Neste momento estão relegados para o Money in the Bank, que é a forma da WWE ocupar os seus melhores lutadores sem programas, mas o que os pode esperar no futuro? Bom, podem sempre disputar o título intercontinental, mas verdade seja dita que sempre que penso nele tenho de fazer um esforço para me lembrar quem é que o tem hoje em dia. Desconfio que mais dia menos dia tenha o mesmo destino do título de cruiserweight.
Entretanto outro que está sem nada que fazer, o Umaga, foi escolhido para representar a Raw contra o Batista, o indigitado da SmackDown. Outrora este podia ser um combate relevante, mas infelizmente a verdade é que a SmackDown está em queda livre, porventura com os dias contados, e nem por sombras se pode considerar rival da Raw. Agora vão passar para a MyNetworkTV? Minha Santa Eliza Dushku, o prime time desse canal envolve o filme “Sister Act 2”, acho que a seguir a SmackDown passa mesmo para a internet tal como o Heat.
No main event desta Raw tivemos a WWE a fazer uma excelente escolha, que foi acabar a emissão com o Randy Orton a RKO’ar Cena e Trips. O problema do triple threat para a WrestleMania 24 (para lá da presença do idiota do Cena) é que ninguém está a levar a sério a possibilidade do Orton manter o título. A esmagadora maioria dos fãs receia uma nova era de trevas no mundo do wrestling com a vitória do labrego do Cena, e um punhado de sonhadores (ou loucos, conforme a perspectiva) acredita que o Triple H pode conseguir o 12.º título, mas parece ser um fait accompli que o Randy Orton, que por acaso é só o campeão, não tem qualquer hipótese. Pondo-o a aplicar o seu finisher nos rivais, a WWE conseguiu de certa forma lembrar que ele também é gente e que o vencedor do combate poderá efectivamente ser qualquer um dos três. Se ao menos eu acreditasse nisso...
Publicado por Anónimo
em 21 de fevereiro de 2008 às 9:07 da tarde.
E nesta edição da ECW, Ric Flair (Whooooooooooooo) apareceu na “ Land of Extreme”.
A edição desta semana foi assim:
Colin Delaney (esse saco de porrada andante ), enfrentou Miz no one-on-one match. Do lado de Delaney estava Dreamer e ao lado de Miz estava Morrison. Miz ganhou o combate e no fim assistimos a um festival de pancada dados pelos campeões de Tag Team da ECW/ Smackdown. Se esta suposta feud, serve para colocar Dreamer e Delaney na luta pelos Títulos de Tag Team não tenho nada contra. Agora se tudo isto não der em nada, o Delaney pode muito bem sair da WWE pois não está lá a fazer nada.
Kofi Kingston derrotou novamente um jobber. Continua a sua onda de vitórias.
Stevie Richards continua o seu bom desempenho na ECW. Podemos ter brevemente um novo main-eventer na ECW. Richards parece estar em forma. Esta semana derrotou James Curtis e continua lançado depois do seu regresso de lesão.
Maria vai posar na Playboy, e a menina que realmente queria que pousasse (Kelly Kelly ) veio felicitá-la. Um segmento bonito, vá.
No Main – Event assistimos a um combate de Tag-Team entre Ric Flair/ CM Punk e Shelton/ Elijah. A vitória sorriu a Ric Flair e Punk, através de submissão. Ric Flair obrigou Elijah a desistir. Elijah continua a jobbar, algo que me deixa bastante triste pois ele merece na minha opinião mais respeito por parte da WWE.
No global tivemos um bom show, temos um Nature Boy cheio de vida, pronto para uma nova feud e quem sabe para o seu último combate na Mania.
Publicado por Royce Gracie
em 19 de fevereiro de 2008 às 12:13 da tarde.
Eis-nos já em plena recta final até à WrestleMania 24, o principal PPV do ano, e os combates começam a ficar definidos. Em teoria isso é bom, já que permite que as storylines se desenvolvam devidamente até 30 de Março, mas há certas storylines que preferia que nem sequer tivessem nascido. E infelizmente o main event da Raw é uma delas.
Desde a desclassificação do Orton no No Way Out que se receava que de algum modo o Cena fosse adicionado ao title match da Raw, tornando-o uma triple threat. Admito que não houve muito tempo para se recear, já que entre o No Way Out e a Raw de ontem só passaram 24 horas, mas infelizmente os temores concretizaram-se. Ter posto o Triple H como árbitro foi um twist interessante, mas não seria difícil antecipar o resultado, com pedigrees e tudo. Agora na WrestleMania 24 o Cena tem que ser considerado favoritíssimo, tanto assim que Orton e Trips até podiam nem sequer lá aparecer.
De possível futuro campeão da WWE o Jeff Hardy viu-se subitamente relegado para o Money in the Bank. Num mundo ideal em que o Benfica era campeão europeu há 10 anos seguidos e eu estaria casado com a Eliza Dushku, o Jeff Hardy ganharia este combate e o Randy Orton mantinha o cinto de alguma forma. Então quando parecia que a WM24 ia acabar com um heel campeão, ouvia-se a (nova) música do Hardy e a Lilian anunciava que ele tinha usado o seu direito a lutar pelo título. Whisper in the Wind, Twist of Fate e Swanton Bomb depois, eis que teríamos o Jeff Hardy como campeão da WWE. Seria sem dúvida um final apoteótico, ainda para mais por ser totalmente inesperado. Seria bom que isto acontecesse, mas de longe o mais provável é que os momentos finais da WrestleMania 24 sejam ao som do rap miserável do vadio do Cena.
O Big Show está de regresso, na sua versão leaner e meaner, e vê-se imediatamente envolvido no feudo mediático deste ano, contra o campeoníssimo Floyd Mayweather. Não sei o que esperar deste combate (para lá da vitória do Floyd), mas reconheço que são coisas destas que fazem a WWE ser falada mesmo por pessoal que não segue habitualmente wrestling. Acho é que em vez do Floyd o Big Show devia combater com um dos guarda-costas, que pelo que vejo é ainda maior que o próprio Big Show.
O Ric Flair voltou a não combater esta semana, mas com o anúncio da sua entrada para of Hall of Fame feito pelo Shawn Michaels, e tendo em conta que este ainda não tem combate marcado para a WM24, parece confirmar-se a teoria que será o HBK a pôr fim à carreira do Nature Boy. Tendo em conta que o Trips está ocupado a lutar pelo título, o Shawn Michaels é mesmo capaz de ser a melhor escolha.
Esta Raw ficou também marcada pelo anúncio oficial do que toda a gente já sabia, nomeadamente que a Maria vai posar para a Playboy. É uma notícia que eu realmente recebo com agrado, não compreendo é a razão de justamente nesta semana a Maria ter aparecido com uma indumentária horrível. A sério, prateado por prateado, acho que as camisolas alternativas do Benfica na era Vale e Azevedo conseguiam ser menos agressivas à vista desarmada. Entre as vezes em que parece que pôs a maquilhagem com a caçadeira do Homer Simpson e as que aparece mal vestida, começo a pensar que a Maria tem inimigos viscerais na WWE.
Ah, e last but not the least, a Lindsay Lohan esteve presente nos bastidores da Raw. Esta é mesmo daquelas que precisava de uma boa carga de porrada para ganhar juízo, que é uma rapariga com um potencial enormíssimo. O seu desempenho no Freaky Friday foi soberbo, e em termos de carinhas larocas em Hollywood acho que só perde para a Duck Shoot. Infelizmente parece não ser muito esperta, e por este andar arrisca-se a acabar os seus dias a partilhar uma roulotte com a Britney Spears.
Publicado por Anónimo
em 14 de fevereiro de 2008 às 6:40 da tarde.
O programa começa com Chavo Guerrero a afirmar que quer colocar o seu título da ECW em jogo nessa mesma noite. Contudo, o General Managel Alejandro Estrada não concorda com Chavo e, por isso, marca o main-event: CM Punk enfrentará Mark Henry. Mark Henry enfrenta tudo o que é campeão!!!!!
Stevie Richards venceu Rory Mcallister por pinfall. Richards teve um regresso vitorioso, através de um DDT modificado. Bom regresso de Richards à arena da ECW
Kelly Kelly venceu Layla por pinfall. Quebrou, assim, o enguiço de vitórias que já durava à algumas semanas. Estas duas a lutar, opa…tá mau
Kofi Kingston venceu Mike Knox por pinfall. Kofi Kingston continua a sua onda vitoriosa, não derrotando desta vez um jobber, mas sim um elemento do roster da ECW.
John Morrison fez uma promo atacando Tommy Dreamer.
Tommy Dreamer venceu John Morrison por pinfall. Dreamer veio acompanhado de Colin Delaney e Morrison por Miz. O ECW Original venceu após o "Dreamer Driver". No final do combate os campeões de tag team da WWE atacaram Colin Delaney. Temos Equipa para desafiar Morrison e Miz. Delaney…pronto é o saco de porrada da ECW
No main event, CM Punk venceu Mark Henry por DQ. Chavo Guerrero tentou atacar Punk, causando a desqualificação de Henry. Punk aplicou o "Go to sleep" a Chavo,e Henry nem se mexeu para o ajudar. Depois da humilhação com Cena, Henry pensou e ficou quieto. Chavo sai por cima no No Way Out. Falta pouco pa CM Punk sair da ECW.
Minha Santa Eliza Dushku, este regresso do Cena deixou-me mais desmotivado em relação ao wrestling do que anos de miséria me deixaram quanto ao Benfica. É quase como estar sozinho em casa com uma moça laroca e desinibida, e chegarem os pais... acaba-se a diversão toda. Que raio, bem que a recuperação podia ter durado uns 20 anos.
Influenciada pelo regresso do bandalho do Cena, a qualidade da Raw está a descer a olhos vistos. Tudo indica que se está a preparar um combate para a WrestleMania 24 entre Vince McMahon e Finlay, derivado da storyline do Hornswoggle. É claro que existe o ligeiríssimo problema de ninguém estar minimamente interessado nesse combate, mas isso nunca impediu o Vince antes. Enfim, uma coisa é lutar contra a maior lenda do wrestling de todos os tempos, como aconteceu na WM19, e até mesmo um programa envolvendo o Donald Trump pode ser aceitável, mas quem é que quer ver Vince McMahon contra Finlay? O combate acabará provavelmente com o Hornswoggle a encher o Vince de porrada, ou pior ainda a desancar o Finlay, mas isso é coisa quando muito para uma Raw (dá um bom toilet break), não para o maior evento de wrestling do ano.
Os regressos do Jericho e do JBL ainda não se justificaram, e já começa a ser altura de o fazerem. Infelizmente a ideia que me dá é que eles já estão um bocado perdidos, sem direcção a seguirem. Será que agora vamos ter Jericho contra Umaga? Um lutador excelente em promos contra outro cuja gimmick envolve comunicar apenas por urros e grunhidos? E o JBL, fica talvez contra o Shawn Michaels? É o que eu digo, nesta altura do campeonato a Creative da WWE já está a 100% concentrada no Cena, de modo que os outros comem apenas as migalhas.
Como se ainda fosse precisa mais alguma prova em como o regresso do Cena fez a qualidade da Raw cair a pique, eis que esta semana tivemos a estreia (na Raw) do Paul Burchill, acompanhado pela suposta irmã, com quem se prepara para ter uma storyline de incesto. Palavras para quê? Acho que pior só mesmo com um rap do labrego do Cena pelo meio.
Hollywood, vocês levaram o The Rock, que tinha tudo para ainda hoje ser absolutamente fabuloso. Levem o Cena também e ficamos quites, OK?
É hoje comum na nossa sociedade um sentimento de inutilidade da filosofia. Penso que a culpa disto, embora não o consiga demonstrar por "a+b", é de um sistema de ensino que não promove o pensamento racional, sustentado em argumentos válidos e em raciocínios que ginasticam a mente. Para cúmulo, nunca se mostra com casos concretos em que é que a filosofia nos ajuda nas discussões do dia-a-dia, e em que é uma ferramenta útil, diria mesmo essencial, para o pensamento. Não sou filósofo nem tenho formação teórica em filosofia, mas ainda assim reconheço-lhe valor, e por isso tento sempre utilizar os seus ensinamentos em todas as minhas participações. A discussão que, muito por minha culpa, tem sido alimentada neste blog acerca de federações independentes (indys) parece-me um bom exemplo disso.
John Rawls foi um filósofo norte-americano já desaparecido que merecia melhor destino do que ser empurrado para o caixote dos seguidores de Kant. Rawls teve como sua obra-prima o livro "Theory of Justice", que se centra fundamentalmente no tópico da justiça distributiva. Como em tudo, não se pode extrapolar sem erro as suas conclusões para outras áreas do conhecimento. Porém, metodologicamente Rawls concebeu um esquema que é extremamente útil para o pensamento em geral, e que se designa normalmente por "véu da ignorância".
E o conceito global é fazer um exercício de imaginação. Simplificadamente, imaginemo-nos tal como somos, mas desconhecendo a nossa posição na sociedade, as nossas capacidades naturais, e tudo o mais que poderia toldar a nossa capacidade de realizar um juízo perfeitamente racional e descomprometido. Nessa situação, estamos sob o véu da ignorância. É para além deste véu que devemos ver e analisar o Mundo à partida, ainda antes de colocarmos as nossas opiniões e interesses. Qual a vantagem? É essencialmente que deixamos de tomar uma ou outra opinião por preconceitos inerentes à nossa própria condição, aos nossos tiques ou às nossas manias. É o equivalente intelectual aos "juízes de fora" introduzidos na Idade Média, quando se considerou que a pessoa que presidia aos julgamentos seria mais justa se não conhecesse as partes envolvidas nem tivesse interesses na terra.
Em que é que isto se relaciona com o caso das indys? Porque não é intelectualmente honesto debitar preconceitos em substituição de argumentos fundamentais, nem achar que apontando casos concretos do combate "x" ou da feud "y" se consegue divulgar da melhor maneira os nossos gostos. A maneira como se constrói uma argumentação, de acordo com a metodologia atrás expressa, deverá ser:
(1) definir quais as características que um bom espectáculo de Wrestling deve ter;
(2) definir quais as características que um bom lutador deve ter.
Esta é a parte em que, descomprometidamente, e de acordo com a teoria de Rawls, há uma convergência natural entre opiniões. É a parte tão "objectiva" quanto possível. Só depois se pode passar às fases seguintes, que são:
(3) verificar quais as federações que cumprem os critérios (1) e (2);
(4) explicar os resultados do ponto (3);
(5) apenas no fim, dar exemplos.
Foi isto que tentei fazer há já algum tempo. Resumindo, tentei explicar que um espectáculo pré-determinado necessita de um certo nível de envolvência, de suspension of disbelief por parte do público, que é altamente facilitado pelo profissionalismo dos intérpretes e também dos meios através dos quais o show é feito, sendo portanto o drama da narrativa essencial. Os intérpretes devem, então, ser acima de tudo convincentes, e tal como um bom actor num filme, levar-nos a acreditar que tanto as histórias quanto a acção no ringue são legítimas.
Seguidamente, argumentei que apenas na WWE, presentemente, se encontra grande parte destas características fundamentais. À luz dessa conclusão, dei também a minha interpretação para o facto de, no entanto, existir um grupo específico, a comunidade de wrestling da net, que adora "bater" na WWE e nos seus campeões, e simultaneamente defender os shows das indys, enquanto fãs ocasionais de wrestling, ou então os que seguem há mais tempo, aborrecem-se tremendamente com esses espectáculos. E, por último, tentei desmontar os exemplos positivos que me foram dados para defender as indys, e dar outros de dois tipos: (1) grandes combates na WWE, e (2) péssimos combates nas indys (tentando mostrar que são a maioria, e mesmo os bons têm graves deficiências).
O problema de se discutir com exemplos e passando vídeos sem fim, no fundo, é aquele que os leitores mais atentos identificam na última frase, ou seja, é só uma mera questão de gosto. Por cada combate bom das indys que se mostre, pode mostrar-se um (ouso mesmo dizer dez ou vinte...) mau(s). E haverá sempre alguém que ache o contrário... É por isso que fazer uma lista de supostamente boas feuds é desonesto do ponto de vista da discussão, porque é flagrantemente subjectivo e porque não demonstra coisa nenhuma. A melhor teoria é aquela que explica os casos específicos, não aquela que se adapta a si.
O facto de existirem bons combates nas indys é óbvio e está para além do objectivo de qualquer pessoa que denuncie estas federações em geral como espectáculos sobrevalorizados pelas vias da internet. No fundo, é isso que está em questão desde o início. O que está aqui em choque é uma diferença radical de formas de ver o wrestling, que é interessante explicar.
Os fãs de indys vão oscilando nas justificações que dão para o seu gosto. Alguns alegam credibilidade e legitimidade, outros dizem que é o humor, depois já é a criatividade das histórias, depois já não há histórias nem devia haver, e tanto quando pude ler agora em último já há também uma questão de ego dos espectadores (este salto epistemológico entre spotfests e auto-estima ultrapassa-me... será problema meu?). O que eu e o que creio ser uma maioria silenciosa de fãs de wrestling queremos é suspender a nossa descrença e simplesmente observar um belo espectáculo que nos prenda ao ecrã através do atleticismo e do drama. Devemos criar construções intelectuais para explicar e, como aqui, discutir o espectáculo, mas não para o ver. O wrestling, segundo acredito, é para ser visto com os olhos de uma criança. E não é à toa que as crianças não querem saber dos falhados das OVW que são deuses nas indys, nem dos rumores e spoilers e reports e tretas do costume nos sites americanos da especialidade, mas adoram o John Cena...
Publicado por Ricardo "Jay Lethal" Loja
em às 1:31 da manhã.
Wrestling, yay!
Combates completos, yay!
Sim, a partir de agora, para além de pequenos clips poderão também desfrutar de combates completos nestes pequenos e insignificantes artigos. Para começar, e mantendo a temática da minha ultima publicação, temos um combate pelo título da IWA-MS, no show do 8º aniversário da IWA-MS em 2004, é AJ Styles que defende o seu título perante a lenda da IWA-MS CM Punk.
O combate em si não tem qualquer storytelling, um mínimo de coerência ou sentido de pacing. É apenas um conjunto de whaky spots que se sucedem sem selling ou qualquer outro tipo de preocupação. É aquilo a que o nosso estimado Prophet of Death chamaria de “um monte de esterco” (por acaso o PoD até deu criticas positivas a este combate, mas isso pouco importa para o caso, sou eu que estou a escrever o artigo, o nome dele só veio à baila devido à sua tendência para utilizar a palavra “esterco”, uma palavra muito parva e que enriquece este artigo aos mais variados níveis). Mas o que é que poderíamos esperar? Afinal, trata-se de um combate indy, onde o objectivo não é provocar qualquer tipo de sentimentos ou transmitir qualquer tipo de ideias, na verdade, trata-se apenas de uma desculpa para que o público possa ter uma experiência social alternativa e desse modo aumente a sua auto-estima (a auto-estima é a forma como um individuo se sente acerca dele mesmo, aprendi em Psicologia Social, rulo?).
Falando em Psicologia Social (sim, era um parêntesis e por isso não deveria desenvolvê-lo, mas pronto, ninguém me remunera para isto), fui hoje de manhã fazer melhoria de nota, não sabia o que responder a uma pergunta que pedia exemplificações por isso exemplifiquei com uma reflexão sobre atitudes em relação à casualidade sexual e às lesões fingidas no futebol. Penso que quando os alunos não sabem o que responder devem pelo menos tornar a correcção divertida para o professor.
O que é que isto tem a ver com alguma coisa? Casualidade sexual, o Punk é sXe, logo é contra a casualidade sexual. Lesões simuladas, aquilo que no wrestling se chama de selling, o Jamie Noble fá-lo muito bem.
Assim, conceitos que à partida pareciam um off-topic relacionam-se com conceitos do tópico principal. O problema são as representações sociais ancoradas que nos impedem de relacionar contextos que não estamos habituados a considerar de determinada forma. Obriga a que se abra a mente e se procure novos significados para objectos que estamos habituados a tratar de certa forma.
Quando vi Lucha Libre pela primeira vez fiquei arreliado, nada parecia fazer sentido, só um monte de Arm Drags seguidos, é difícil apanhar o conceito de derrubar o adversário e obrigá-lo a rolar de modo a impedir que ele se magoe. Para quem vê wrestling tradicional americano é difícil comer um combate que se baseie neste princípio.
Também quem estiver habituado à música dos nossos dias, ao ouvir uma qualquer composição do Carlos Seixas vai sentir-se incomodado. Os intervalos não são os que estamos habituados a ouvir, não nos soa bem, irrita-nos, é péssimo, temos de desligar para nunca mais ouvir!
E no entanto… abrindo a mente a estes novos intervalos entre tons podemos descobrir como são belos e expressivos, chega a ser inspirador o facto de algo que incomodava os nossos ouvidos ao início, a partir do momento em que é aceite e entendido, possa transmitir coisas tão belas.
Também há quem se incomode com a ‘falta’ de pontuação do Saramago, mas não vale a pena desenvolver, acho que já apanharam a ideia.
Voltando ao Punk vs AJ, os que como eu decidiram procurar no indy wrestling uma experiência social alternativa e por isso decidiram começar a ver o vídeo ão de reparar que no inicio há uma promo do Punk com o Ace Steel, que tem a ver com IWA-MS e os 8 anos de idade que fazia na altura, mas que tem pouco a ver com o combate posterior. Posto-a exactamente para poder falar do senhor Ace Steel.
Ace Steel foi à poucos dias despedido da WWE, o que aliado ao facto do Matt Sydal ser campeão da OVW, deita por terra a teoria de que os bons indys wrestlers acabam por subir na carreira e por ter sucesso na WWE.
Ace Steel é um dos wrestlers mais underrated de sempre, period. A sua feud com o Chad Collyer na ROH foi uma das feuds mais underrated de 2005/2006 (embora tenha sido bem cotada no Wrestling Observer), o facto de uma feud se poder basear num Chair Shot que o Collyer dá ao Ace, e isso levar a que o Ace deixa a mulher e os amigos e fique com a vida destruída para passar a passar todas as noites no ginásio a preparar-se para retribuir a cadeirada ao Collyer é giro, creio eu. O Collyer é outro que, nos tempos em que a ROH parece estar a voltar às suas origens de montes de spotfests no undercard, podia voltar ao roster. Sim, não é o gajo mais carismático de sempre, mas é um wrestler mais que competente no tapete, e num estilo que eu aprecio e que tem desaparecido da senda da ROH. Eu trazia-o e punha-o a fazer equipa com o John Walters.
Falando em wrestlers que eu aprecio na ROH… demorou, mas finalmente Joey Mercury fez o seu regresso por muitos (pronto, por mim e mais meia dúzia) ansiado. Todos conhecem o Mercury, todos viram como com o Nitro formou uma das melhores tag teams dos últimos anos (na WWE ou noutro lado qualquer…), o Mercury é daqueles benditos wrestlers que não precisa de fazer 50 moves num combate, muito ao estilo do Michaels, bastam-lhe 3 ou 4. O que eu mais aprecio no Mercury é a forma como ele compreende os combates tag teams, compreende que os comebacks dos babyfaces não podem ser precipitados, têm de ser trabalhados de forma a criar mais suspense e isso tudo.
Actualmente saquei um show da AAW só para ver um Mercury e York vs Shelley e Sabin pelos tag team titles, não posso dizer que me tenha desiludido, 27 minutos de excelência de tag team! AAW, essa promoção do Midwest que têm um ecrã gigante e faz shows tipo Monday Ningh Raw. São a principal concorrente da IWA-MS, foi lá que o Jimmy Jacobs atirou o título da IWA-MS para o lixo, é por isso que o Fannin o odeia.
Perguntam vocês, “quem é o Fannin?” Pois, culpa minha que fiz um artigo sobre a IWA-MS e não mencionei uma única vez o braço direito de Ian Rotten, o controverso Jim Fannin.
Mas voltando à conversa da ROH, como referi, o roster hoje não é o que era em 2005 com nomes como CM Punk, Colt Cabana, Jimmy Rave, Alex Shelley, Spanky, Samoa Joe, Homicide, James Gibson, Low Ki, etc.
Mas isso não significa que também não houvesse spotfests! Por isso, e porque sim, deixo-vos como bónus com os momentos finais de um combate do género da ROH em 2005:
Publicado por Ricardo
em 11 de fevereiro de 2008 às 10:12 da manhã.
Pois é, há limites para a elasticidade do tempo, que por muito bem gerido que seja não dá para tudo. Peço, então, desculpa pela interrupção na minha análise dos resumos semanais do Smackdown, que irei retomar a partir desta semana.
Para quem ande fora deste Mundo, no próximo Domingo decorrerá o último pay-per-view da WWE antes do Wrestlemania. Será o No Way Out, e haverá dois combates Elimination Chamber para determinar o competidor pelo título de cada programa, Raw e Smackdown, no grande show de Wrestling do ano. Assim, este Smackdown foi mais uma etapa de promoção e continuação das storylines que irão desembocar no 'Mania.
No programa, começou tudo com uma certa sensação de dejá vu, pois tal como no programa de segunda-feira à noite, também neste todos os participantes da Chamber vieram ao ringue degladiar-se ao microfone, e foram mais tarde colocados num combate de três contra três, no qual Batista, Undertaker e Finlay, Big Daddy V, MVP e Great Khali terminaram sem decisão. Foi um bom combate, onde todos tiveram oportunidade de executar os seus golpes finais, mas terminou com o empate numa enorme confusão.
Nos restantes combates, Shelton Benjamin derrotou Kane, o que muito me agradou porque Shelton tem progredido no microfone, e é hoje dos elementos mais valiosos do plantel da ECW; Chuck Palumbo derrotou Jamie Noble, o que faz pensar quantas mais hipóteses terá alguém como Chuck, que tem uma reacção zero por parte do público; Jesse e Festus derrotaram Deuce e Domino e Zack Ryder e Curt Hawkins derrotaram Jimmy Wang Yang e Shannon Moore, estes dois combates por equipas sem grande fogo.
Por último, é de destacar o segmento Cutting Edge, com Vickie Guerrero como convidada. Rey Mysterio veio ao ringue e, muito ao jeito destes segmentos, acabou por estragar a entrevista atacando Edge. A feud foi bem montada, mas tenho sérias dúvidas sobre a capacidade destes dois terem um bom combate no No Way Out. Não sendo fã de Mysterio, nunca pagaria para ver um combate seu seja contra quem for. Porém, pela amostra anterior, a sua química com o Rated R Superstar é ainda mais fraca que de costume com os outros adversários. Porém, talvez seja uma oportunidade para ver Edge conseguir uma vitória limpa num Main Event, o que muito me agradaria.
Publicado por Ricardo "Jay Lethal" Loja
em 9 de fevereiro de 2008 às 6:49 da tarde.
IWA-MS, uma promoção que orgulhosamente se intitula de hardcore. Hardcore não por causa do arame farpado, das mesas a arder, do sangue e das lâmpadas partidas na cabeça dos seus lutadores (ou pelo menos, não só por isso), hardcore, porque como o seu promotor, Ian Rotten, orgulhosamente se refere constantemente, na IWA-MS não importa se estão 50 000 ou 50 pessoas a assistir, os rapazes dão sempre tudo o que têm e proporcionam o melhor show possível.
Esta promoção foi criada em 1996 (encontra-se de momento no seu 12º ano e prepara para o próximo dia 1 de Março o seu show nº 500!!!) quando Ian Rotten abandonou a ECW juntamente com Axl Rotten, e baseava-se na área do midwest, inicialmente em Louiseville, onde Ian Rotten recorria a talentos estabelecidos localmente como Tracy Smothers, Ricky Morton ou Doug Gilbert. Aliás, uma das politicas da IWA-MS sempre foi a de ter veteranos nos shows dispostos a ajudar os mais novos a evoluir, ainda em 2007, os fãs da IWA-MS puderam continuar a ver Tracy Smothers, Ricky Morton, Too Cold Scorpio ou até The Honky Tonk Man. Anteriormente, wrestlers como Chris Cândido, Dusty Rhodes ou Terry Funk pisaram os ringues da IWA.
Foram contudo os combates mais violentos que ajudaram a IWA-MS a ganhar nome na zona. Para além de Ian e Axl Rotten, famosos pela sua feud na ECW, nos seus primeiros anos, a IWA-MS foi feita por homens como Bull Pain, Corporal Robinson, Mad Man Pondo, mais tarde Mean Mitch Page, Rollin Hard ou Necro Butcher foram nomes que se fizeram notar.
Os combates eram violentos em si, mas o melhor era o facto destes homens ao estilo da ECW conseguirem também trabalhar o público e produzir grandes brawls. Não tinha a ver com spots loucos, tinha antes a ver com brigas ao longo do edifício, murros, cabeçadas, sangue, e também obviamente o que fazia dos combates algo verdadeiramente loucos, o arame farpado, as lâmpadas, os tacos de baseball com pioneses, etc.
O booking podia considerar-se algo Old School, sendo que Ian Rotten sempre se mostrou um booker capaz e criativo conseguindo alguns dos melhores momentos em termos de storylines que as indys viram nos 11 anos que a IWA-MS já leva. O bom acerca da IWA-MS é a sua diversidade, quem vê um show arrisca-se a ver de tudo.
Para além da sua divisão hardcore/deathmatch/o que lhe quiserem chamar, a IWA-MS também foi dando vida à sua divisão técnica/high flying. Nos primeiros anos foram Suicide Kid, Tarek the Great e American Kickboxer (Um dos wrestlers que eu mais gosto de ver e que penso que é verdadeiramente underrated por ter surgido no período pré-ROH). A partir de 2000 começaram a surgir na IWA-MS alguns jovens com nomes como CM Punk, Colt Cabana, BJ Whitmer ou Chris Hero. Foi o início do que foram vários anos a produzir vários talentos que brilhariam mais tarde noutros lugares.
CM Punk e Chris Hero proporcionaram na IWA-MS alguns dos mais incríveis combates da época, para quem gosta de combates longos, são imperdiveis alguns dos seus confrontos, o seu combate de 60 minutos, o TLC de 55 minutos (do qual terão imagens no final deste artigo), o 2/3 falls de 93 minutos (!!!) ou o clássico combate em que CM Punk consegue vencer Chris Hero poucos segundos antes de terminarem o tempo limite de 60 minutos!
Com o incremento de lutadores ‘cientificos’, Ian Rotten criou um torneio chamado Sweet Science 16, que pretendia coroar os melhores desta divisão. Este torneio, acabou por se tornar anual, e um dos fins-de-semana mais aguardados todos anos pelos fãs das indys. Após as vitórias de Ace Steel (outro wrestler tremendamente underrated e que foi uma das figuras da IWA-MS, actualmente despedido pela WWE depois de alguns meses na OVW) e de Chris Hero, o torneio passou a chamar-se Ted Petty Invitational, em honra de Ted Petty, falecido em 2002. Para se ter noção do que se tornou o TPI, basta referir alguns dos seus mais prestigiados participantes, para além dos já citados regulares da IWA-MS, nomes como Adam Pearce, Nova, Mike Quackenbush, Ken Anderson (Mr. Kennedy na WWE), Jimmy Rave, AJ Styles, Christopher Daniels, Jerry Lynn, Alex Shelley, Jimmy Jacobs, Chris Sabin, Nigel McGuinness, Cláudio Castagnoli, Samoa Joe, Austin Áries, Petey Williams, Matt Sydal, Bryan Danielson, Delirious, James Gibson (Jamie Noble na WWE), Davey Richards ou Roderick Strong.
Aliás, a IWA-MS pode orgulhar-se por ter ajudado a criar muitos destes wrestlers, Jimmy Jacobs por exemplo, teve o segundo reinado mais longo de sempre com o IWA-MS title e é indiscutivelmente um produto da IWA, o mesmo para Alex Shelley, Delirious ou Matt Sydal.
Quem observa um card da IWA-MS em 2004 ficará espantado com os nomes que vê, seguramente perguntará “como é que eles têm dinheiro para promover shows destes?” a resposta está no facto de Ian Rotten conseguir encontrar o melhor talento da área e ajudar a promovê-lo. Aliás, a IWA-MS é quase como um serviço ao wrestling em geral, visto que muitas vezes, Rotten não booka os shows eventualmente mais lucrativos para si, mas antes os melhores shows possíveis, shows que ajudem o negócio e os lutadores. Se é verdade que isso já por mais que uma vez colocou a IWA-MS em problemas financeiros, não é menos verdade que é isso que faz que nesses momentos existem diehard IWA fans dispostos a ajudar a companhia a sobreviver.
Chris Hero uma vez disse que a IWA-MS era um lugar especial. Sim, na altura a IWA-MS era o local onde trabalhava principalmente, mas o certo, é que sendo hoje Chris Hero um wrestler com imenso mercado, não deixou de aparecer no TPI 2007 para fazer um dos melhores combates de 2007 em qualquer lugar num Last Man Standing brutal contra Eddie Kingston. Hero não fez o combate porque precisasse dele, mas antes porque era IWA-MS e porque sabia que estaria a ajudar a criar uma nova estrela em Eddie Kingston.
Os cards de hoje da IWA-MS podem não dizer muito a muita gente, mas quem acompanha sabe que nomes como Chuck Taylor, Eddie Kingston, Mickie Knuckles, Michaels Elgin, Josh Abercrombie, Jack Thriller (um dos meus wrestlers preferidos da actualidade, alguém a desenvolver num artigo futuro) ou os Iron Saints (Vito e Sal são talvez a melhor tag team no momento [são pelo menos bem mais entretidos que os Briscoes], Brandon é outro lutador de quem se fala pouco mas que não deve faltar pouco para que se repare nele. Para além de excelentes wrestlers, estes 3 irmãos são 3 individuos incrivelmente divertidos e criativos).
Num extra, vi recentemente o Cage of Death IX, teoricamente o principal evento da CZW este ano. E raios, é tremendamente injusto quando se fala da IWA-MS como garbage wrestling e se a põe ao nível da IWA-MS. A CZW tem bom talento, mas o booking de Zandig não é nada demais, os ‘originais’ da CZW representam exactamente o contrário do que a IWA-MS promove, são individuos que fazem big bumps e tudo o mais mas que não conseguem vender a sua gimmick de hardcore, não conseguem “contar a história” de como são hardcore. O público da CZW é extremamente vulgar, qualquer individuo fica over ao fazer piadas sobre chupar pilas, etc. Nunca segui muito CZW, e este show deu-me vontade de não seguir mais. Vou dar-lhes uma ultima chance com o seu show de Janeiro que parece ter um card interessante, mas não estou muito entusiasmado.
Quanto ao Cage of Death em si, foi entretido mas podia ter sido muito melhor trabalhado. Fica de positivo o resultado, a consagração de Danny Havoc, um jovem que não tem problemas em meter o corpo em jogo e que apesar de todo o sofrimento a que é sujeito consegue manter um incrível sentido de humor. Se forem ao youtube procurem por “Danny Havoc promos” e vão ver que o rapaz é verdadeiramente hilariante. Está bookado para 2 dos 3 próximos shows da IWA-MS, espero que possam fazer qualquer coisa de interessante com ele, o rapaz merece.
E depois deste longo post que talvez 3 pessoas tenham lido na totalidade (até porque eu não fiz revisão de texto pelo que deve haver expressões repetidas montes de vezes e outras coisas aborrecidas na leitura que nos ensinam em português que não se podem fazer), material bónus! Para não dizerem “ah, estás a falar bem e tal mas eu quero é cenas para ver”, pronto, tenho 3 pequenos vídeos de pouco menos de 10 minutos com imagens ilustrativas do que acabei de dizer.
1º - Alguns momentos no TLC entre CM Punk e Chris Hero pelo título da IWA-MS em 2002
2º - Combate bónus na segunda noite do TPI 2006 da IWA-MS. Uma lendária Battle Royal entre 6 equipas (maioritariamente compostas por elementos eliminados na primeira ronda do torneio).
Publicado por Royce Gracie
em 7 de fevereiro de 2008 às 3:02 da tarde.
Quando comecei a gostar do Benfica, numa altura em que via o clube disputar finais da Taça dos Campeões Europeus, nunca me passou pela cabeça que alguns anos depois a equipa estivesse reduzida a pouco mais do que uma piada. Do mesmo modo, quando Hogan e companhia me pegaram o bichinho do wrestling, nunca eu imaginei que fosse existir alguém chamado John Cena. Depois de ver este imbecil ganhar no braço de ferro ao Mark Henry, que a WWE continua a anunciar como “o homem mais forte do mundo”, resta-me concluir que é realmente uma péssima altura para se ser fã de wrestling.
Pior que tudo, o efeito nefasto do Cena não se resume apenas ao tempo em que ele aparece nos ecrãs, que já de si não é nada pouco... não, como a peste negra o Cena corrompe tudo aquilo em que toca, e neste caso em concreto faz todas as storylines importantes circularem em torno dele. Push do Jeff Hardy? Bem o podem esquecer. Elimination Chamber da Raw? Vencedor mais que decidido à partida, que afinal de contas o Cena não pode vencer qualquer um no main event da WrestleMania 24. As únicas partes da Raw que o Cena não estraga (por enquanto) são as que envolvem tag teams e o título feminino, e verdade seja dita que ambas não andam grande coisa há já algum tempo. Ah, e também há a storyline com o Hornswoggle, que esta semana até deu direito a ressuscitar o “Kiss My Ass Club”. Que saudades tenho eu do Hogan, do Warrior, do Macho Man e dos outros...
A única coisa que ainda me vai despertando alguma curiosidade, no meio de tanto desânimo provocado pelo Cena, é saber quem será que vai vencer o Ric Flair na WM 24, pondo assim fim à sua mítica carreira como lutador activo. Seria de esperar que fosse o Trips, o que até poderia estar na base do seu regresso a heel, mas tudo indica que ele será preciso no main event para perder com o Cena. Naturalmente há vários outros wrestlers que são possíveis escolhas, mas o HHH seria sem dúvida a mais apropriada, até pela sua relação com o Flair fora dos ringues. Já faltou mais para sabermos a resposta.
Vamos esperar que a próxima Raw tenha mais motivos de interesse, como por exemplo o anúncio do Cena que encontrou Jesus e que se vai retirar do wrestling para levar uma vida de meditação. O regresso dele foi a pior coisa que podia ter acontecido à Raw, exceptuando casos como o do Benoit. Minha Santa Eliza Dushku, não sei se aguento mais um ano de Cena como campeão... acho que prefiro os saltos de esqui no Eurosport. Nem que seja no verão.
Publicado por Anónimo
em 6 de fevereiro de 2008 às 1:13 da tarde.
O Chavo não sabe nadar coitado. O título da ECW vai ser defendido no No Way Out. E eu vou voltar a ter aulas. Mas vamos a mais uma edição da ECW
Esta semana a ECW começa com Morrison vs Tommy Dreamer. Na zona exterior do ringue estavam Miz e o rapazito Colin Delaney. Desta vez Delaney não combateu, mas foi atacado por Miz. Tudo isto levou à distracção de Dreamer, o que possibilitou a Morrison aplicar o Pin e vencer. Temos história. Delaney e Dreamer ainda vão combater pelos WWE Tag – Team Titles. Os combates femininos nesta brand continuam a ser habituais. Esta semana tivemos Michelle McCool e Kelly Kelly vs Layla e Victoria. A vitória sorriu à equipa de Layla depois da interferência da nova cara bonita da ECW, Lena Yada, que atacou Kelly Kelly e possibilitou a Victoria efectuar o Pin. Kofi Kingston continua a ganhar na ECW. Desta vez o jamaicano derrotou James Curtis e manteve-se invencível. Stevie Richards vai voltar à ECW. Esteve nove meses afastado devido a lesão, mas na próxima Terça-Feira Richards volta aos ringues da ECW. O main-event da noite foi CM Punk vs Chavo Guerrero, num Gulf México Match. CM Punk ganhou o combate enviando Chavo para dentro de água. Punk mereceu assim a sua desforra pelo título da ECW no No Way Out.