Blog Pro Wrestling Portugal: Raw 21 de Janeiro de 2008



Raw 21 de Janeiro de 2008


Esta Raw representou um momento histórico no wrestling. Pela primeira vez a WWE transmitiu um programa em alta definição, oferecendo assim uma qualidade de imagem nunca antes vista... e que nós por cá continuaremos sem ver, já que só com muita sorte é que antes de 2015 teremos um canal português a transmitir em HD. É pena, dado que o Portugal no Coração merecia efectivamente ser visto em alta definição, ou não andasse por lá a moça com o sorriso mais bonito da TV portuguesa, nomeadamente a Tânia Ribas de Oliveira.

Para estrear estas emissões em HD tivemos mais um combate entre Shawn Michaels e Mr Kennedy, que se vêem sempre com agrado. Não serviu necessariamente para avançar storyline algum, mas um bom combate vale por si, e foi o caso aqui. Além de que a ideia era mesmo deslumbrar o público com o espectáculo do primeiro combate de wrestling em alta definição das suas vidas, e não convinha distrair o pessoal com outras considerações.

Falando em storylines, há duas que não se percebe bem para onde estão a ir. Por um lado temos a Mickie James que voltou a ser trucidada pela Beth Phoenix e chorou nos bastidores por causa disso. Será que vai culpar as amigas pela derrota e vai voltar a ser heel ou será que vamos ter uma lutadora chorona? Depois tivemos um combate de qualificação para a Royal Rumble entre Brian Kendrick e o já apurado Umaga. Para que serviu isto? Mostrar que o Kendrick não tem pedalada para estas andanças?

Depois de na semana passada ter expressado preocupação quanto à possibilidade desta última chance de apuramento do Triple H se limitar a algum handicap match, eis que foi exactamente isso que aconteceu. Mas então tanta coisa para isto? Depois de deixarem as pessoas intrigadas com a possibilidade do Trips ficar efectivamente de fora da Royal Rumble, esperavam que alguém fosse acreditar que ele poderia não se conseguir qualificar devido a Snitsky, Mark Henry e William Regal? Ainda se fossem todos ao mesmo tempo e o HHH estivesse acorrentado tipo Houdini, quem sabe, mas um de cada vez nunca tiveram a mínima hipótese. Bah para isto.

Deixando o melhor para o fim, tipo o moço sobre quem a Vanessa Williams canta, temos o Santino Marella. Este pode muito bem vir a ser um case study futuro sobre como lançar um heel. Estreou-se com face e logo a campeão intercontinental, e nas semanas seguintes foi empurrado pelos rabos acima abaixo do público. Ora cá está que para supositórios já havia o Cena, por isso os fãs de wrestling passaram a assobiar o coitado do Santino de forma impiedosa. Eis então chegado o momento psicologicamente correcto para fazer o turn, aproveitando o facto de já ter conseguido o mais difícil para um heel, a hostilização do público. Desde então o Santino não tem propriamente amealhado título atrás de título, mas é neste momento um dos favoritos dos fãs, já que tem vindo constantemente a conseguir das promos mais divertidas de toda a WWE. As tatuagens (props pela do Conan) não se aplicam muito ao seu personagem e o sotaque italiano é o pior desde o Chico Marx, mas sempre que o homem pega no microfone é entretenimento garantido. Eu até arrisco que esta participação da Maria na Playboy acabe com ela a lutar pelo título feminino na WrestleMania 24, mas posso dizer que esta é actualmente a storyline que mais me fascina, visto envolver o grande Santino. Esta última cena de bastidores em que ele baralha novamente uma expressão inglesa e faz uma analogia muito pouco lisonjeira entre a Maria e uma vaca leiteira foi um excelente momento de entretenimento. Numa altura em que a WWE se prepara impiedosa e cruelmente para rodar mais um filme com o Cena, não seria mais humano usar antes o Santino Marella?
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