Blog Pro Wrestling Portugal: Isto, aquilo e a outra coisa



Isto, aquilo e a outra coisa

Saudações, fadistas da minha terra.

A marca de um bom cronista é assegurar a cada semana uma crónica de qualidade elevada. A marca de um cronista médio é conseguir escrever uma crónica por semana, independentemente da qualidade. E depois há os outros cronistas, aqueles que deixam trivialidades como o trabalho, as responsabilidades e as bebedeiras intrometerem-se no seu dever semanal. Escusado será dizer em qual das categorias me enquadro.

Até aqui tenho optado por me centrar num tema da actualidade do mundo do Wrestling, mas hoje, tendo em conta que se passou tanto tempo desde a minha única crónica, sinto-me na obrigação de cobrir um espectro mais vasto de questões que se me têm deparado no fórum. Quem achar que isto é uma forma de me esquivar depois de uma quinzena em que não aconteceu praticamente nada de novo pode dar uma palmadinha nas suas próprias costas. Acertou em cheio.

Começo por abordar a crónica do wwb, que tanta celeuma levantou. Tal como tive oportunidade de dizer na altura, respeito a opinião expressa, mas isso não quer dizer que concorde com ela. O Nitro (agora Morrison) é para mim um dos wrestlers mais promissores com que a WWE conta actualmente. É certo que as mic skills do homem estão longe de estar apuradas, mas consegue ter uma boa imagem e uma prestação muito competente no ringue. A ideia é que ele venha a ser um novo Edge, o que convenhamos não é nada fácil, mas ainda que não chegue a esse nível acho que o Morrison tem bastante potencial. Sobretudo este feud com o CM Punk pode servir para elevar os dois e dar maior visibilidade à ECW, que tão mal tratada tem sido desde o seu renascimento. Continuo a dizer que não sou fã do Punk (NÃO BEBE!!!), mas é inegável que o público está com ele, e compreendo que se dê ao público o que ele quer. Desde que não seja durante 11 meses seguidos, claro está.

De seguida passo ao caso do assassino canadiano, que no fórum foi incluído numa sondagem para determinar o wrestler favorito proveniente do Canadá. Eu por norma orgulho-me de ser uma pessoa que consegue separar o profissional do ser humano (e sabe Santa Eliza Dushku que tenho tão pouco de que me orgulhar...), mas aqui por mais que tente simplesmente não consigo. O que esse filho da p*** fez é para mim algo de imperdoável, e agora dou por mim sem conseguir olhar para um combate dele e abstrair-me do facto de que ele matou com as próprias mãos a mulher e o filho de 7 anos. Matar alguém é o maior crime que existe, é tirar a essa pessoa tudo o que tem e todo o seu futuro, mas quando falamos de uma mulher e de uma criança a coisa assume proporções ainda mais dantescas. No meio disto tudo até quase tenho pena que o assassino se tenha suicidado a seguir, que gostava de o ver tentar o que fez contra alguém que efectivamente se pudesse defender. Enfim, se realmente existe um inferno, por certo que esse filho de uma cadela está agora a arder nele.

Passando a coisas infinitamente melhores, o The Great Khali continua a mostrar na SmackDown aquilo que um verdadeiro campeão deve ser. Depois de demonstrar os seus dotes de dançarino na celebração do título (e para quem acha que ele dançou mal, lembro que o Maddox diz que dançar é a coisa mais estúpida que a humanidade inventou) o The Great Khali tem andado nos house shows a fazer combates de tag team contra o Batista no main event. A suposta razão para isto é que os combates individuais entre Khali e Batista são tão maus que a WWE acha que nem nos house shows os deve arriscar, com medo de um motim e subsequente banho de sangue. Tendo em conta que no SummerSlam (o segundo PPV mais importante do ano) o combate anunciado para o título da SmackDown é justamente Khali vs Batista, até o sodomita mais empedernido tem de admitir que ninguém como o The Great Khali consegue criar tanta expectativa para um combate.

Fugindo agora um pouco ao Wrestling, chegámos finalmente àquela altura do ano que os cientistas chamam de “Verão”. Nestes meses é inevitável ouvirmos a mesma lengalenga de sempre sobre o álcool na estrada, o excesso da exposição ao sol, o novo corte de cabelo do Mantorras, etc. Pois eu venho aqui apelar a todos que continuem a consumir vinho português, mesmo no Verão, que com isso estamos a ajudar os nossos agricultores e a economia portuguesa no geral. Eu tenho medo desta nova geração que só bebe sumos americanizados, que não ouve fado e que muitas vezes nem sequer segue futebol. São estes espécimes que vão mandar no país daqui a uns anos? Talvez por isso o Saramago anteveja a anexação de Portugal por Espanha... A sério, ser português não são só vantagens, há também responsabilidades, e uma delas (porventura a primeira) é não deixar o nível de álcool no sangue baixar de um certo valor. Só andamos neste mortal coil uma vez, pessoal, e já dizia o meu tio que não há coisa pior na vida do que morrer saudável. Se um dia teremos que enfrentar o ceifeiro, então é nossa obrigação garantir que deixamos um cadáver o mais destruído possível. Eu faço a minha parte, e vocês?

PS – O título desta crónica é obviamente uma homenagem a uma citação dita por uma das moças mais larocas que alguma vez agraciou os ecrãs da televisão. O primeiro a identificá-la ganha uma doação em seu nome ao Fundo Humano.
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