Blog Pro Wrestling Portugal: junho 2007



Passatempo "Os Condenados"/The Condenmed

Publicado por Rafael "R.L.@" Arrais em 27 de junho de 2007 às 10:27 da tarde.

"Arrive.
Raise Hell.
Leave."

Isto é o que diz o mais recente slogan de "Stone Cold" Steve Austin. Mas o que o Luso Wrestling vai dizer é algo completamente diferente.

"Lê a pergunta.
Responde à pergunta.
Vai ao cinema."


O Luso Wrestling vai oferecer 30 Convites Duplos para a ante-estreia do filme "Os Condenados" (The Condemned) nos cinemas Alvaláxia em Lisboa no dia 18 de Julho pelas 21:30.


Para poderes ganhar 1 Convite Duplo só precisas de responder a esta simples pergunta:

Na WrestleMania 21, realizada em Hollywood, houve várias paródias de diversos filmes durante a promoção e realização do evento. Diz-nos qual foi o filme parodiado protagonizado por Steve Austin.

Responde com a tua resposta para passatempo@LusoWrestling.com e inclui os seguintes dados:

Nick:
Nome Completo:
Número de B.I.:

Até sempre, Chris

Publicado por Ricardo em 25 de junho de 2007 às 11:42 da tarde.



Tendo estado afastado deste espaço dedicado a wrestling durante algum tempo, cabe-me a incumbência de regressar com a pior notícia que consigo imaginar. Há mais de 10 anos que o wrestling para mim tinha um rosto e uma técnica, e chamavam-se Chris Benoit. Chris Benoit desapareceu esta noite, juntamente com a sua família. Foram encontrados na sua residência, ainda sem que sejam conhecidos os contornos da situação.


Nos tempos que correm, é difícil ser-se fã de wrestling, sobretudo quando Vince McMahon vê estrelas após estrelas, que um dia tanto dinheiro lhe deram a ganhar, a morrerem a um ritmo assustador (independentemente das razões), e "honra" a sua memória fazendo-se supostamente explodir. Mas esta noite é difícil ser-se fã de wrestling unicamente por ver-se desaparecer um ídolo de infância, um homem que transpirava integridade e honestidade, e que tantos momentos de emoção e inspiração nos proporcionou. Seja como for que tenhas morrido, obrigado, Chris, até sempre.

A importância de ser Kennedy

Publicado por Royce Gracie em às 10:30 da manhã.

Saudações, fadistas da minha terra.

A 22 de Novembro de 1963, na cidade de Dallas, o presidente norte-americano John Fitzgerald Kennedy foi assassinado a tiro, provocando tremenda consternação e dando azo a teorias da conspiração que perduram até aos dias de hoje. O impacto desse trágico evento só tem comparação a nível português com a derrota do Benfica em Vigo, embora depois de tantos anos já ninguém se consiga recordar ao certo de quantos golos o Benfica sofreu, ou mesmo se esse jogo aconteceu realmente. Seja como for, o facto de ter morrido jovem e de um modo tão brutal e controverso fez de JFK uma lenda americana e do nome Kennedy uma verdadeira instituição.

Contudo, e se ainda hoje existem membros da família Kennedy na política, era nos ringues de Wrestling que essa falta mais se fazia sentir. Tal como na Guerra Fria quando os americanos escolheram JFK para os liderar, também no Wrestling fãs de todo o mundo ansiavam por um lutador que os inspirasse, que os fizesse acreditar novamente que a WWE pode ser mais que spinner belts envergados por lutadores que parecem saídos de um qualquer concurso de novo white rapper da MTV. Eis então que surge Ken Kennedy, que homem do povo como é desde logo exigiu ser tratado por Mr. Kennedy. Seria esta a resposta às preces de muitos fãs desanimados?

Os primeiros tempos de Kennedy na WWE foram iguais aos da maioria dos lutadores, com a passagem mais ou menos inevitável pelos territórios de desenvolvimento, mas desde cedo se percebeu que estávamos na presença de alguém especial, alguém capaz de mostrar que irreverência não é chamar gays aos adversários mas sim construir uma personalidade inovadora e entusiasmante. Foi isso que Kennedy fez logo na primeira vez que agraciou os ringues da WWE com a sua presença, mandando calar Tony Chimel e apresentando-se a si mesmo, fazendo o microfone descer do tecto e gritando o próprio nome a plenos pulmões... duas vezes! Esta exuberância old school não se perdeu nos fãs, que se recordaram de tempos idos em que os campeões eram homens do espectáculo mas não palhaços, entusiásticos mas não ridículos, aplaudidos pelas pessoas que divertiam e não pelas que queriam ter relações sexuais sórdidas com eles.

Os tempos seguintes viram Mr. Kennedy tornar-se na estrela em maior ascensão de toda a SmackDown!, porventura de toda a WWE. A técnica de ringue era boa, a presença melhor ainda e o carisma estava lá à vista de todos. Não se podia comparar Kennedy com Hulk Hogan ou Steve Austin, que encarnaram na perfeição o zeitgeist das respectivas décadas, nem com The Rock, porventura o mais carismático de todos os tempos, mas era nítido que Kennedy estava destinado para grandes voos. Infelizmente é o fado de alguns grandes talentos serem atormentados pelas lesões (que o diga Mantorras), e foi justamente isso que aconteceu com Kennedy. Uma lesão muito grave numa digressão internacional atirou-o para a enfermaria durante vários meses. Este longo período de ausência poderia ter levado ao desespero muitos fãs, mas felizmente que a WWE conseguiu contratar o maior wrestler asiático de sempre, de seu nome The Great Khali, que durante a recuperação de Kennedy praticamente carregou a empresa às costas sozinho.

Impossibilitado de participar em combates, Mr. Kennedy passou então a ser um terceiro comentador da SmackDown!, aprimorando os seus dotes de comunicação e sobretudo mostrando aos fãs que ainda ali estava e que o seu regresso era inevitável. Uma vez debelada a lesão, Kennedy sucedeu a Bill Goldberg (com outros dois ou três lutadores pelo meio) como United States Champion. O título foi perdido algum tempo depois, mas Kennedy conseguiu ir ainda mais longe, vencendo o combate do Money in the Bank na sua primeira WrestleMania, e conquistando assim o direito a desafiar o campeão de qualquer brand num combate pelo título. Os fãs rejubilaram e ficaram a imaginar para onde iria Kennedy a partir dali, mas infelizmente a resposta foi novamente a mesa de operações, fruto de mais uma lesão com alguma gravidade.

Apesar de estar inactivo, Mr. Kennedy foi recentemente transferido para a Raw, a marca principal da WWE. Os verdadeiros fãs de Wrestling, que esperam e desesperam pelo fim do reinado interminável de John Cena olham agora para ele como um farol no nevoeiro, um dos muito poucos em toda a brand que pode realmente constituir um campeão digno. É certo que nem o João da fábula, o tal que trocou uma vaca por um punhado de feijões, seria suficientemente ingénuo ao ponto de acreditar que alguém em condições normais pode tirar o título a Cena, mas há sempre a possibilidade de haver um “The Marine II – Same Old Shit” que afaste o novo Vanilla Ice dos ringues de Wrestling durante uns meses, o que naturalmente obrigaria a WWE a tirar-lhe o cinto de campeão (provavelmente seria necessário para tal fazer uso dos mesmos equipamentos utilizados para desencarcerar pessoas de carros acidentados) e a dá-lo a alguém indubitavelmente mais digno. Ou melhor ainda, a WWE poderia seguir o exemplo do grande John Bradshaw Layfield e dinamitar o spinner belt, sendo que nesse caso não seria necessário retirá-lo de onde está.

Esperemos então pela recuperação total de Mr. Kennedy, e roguemos a Santa Eliza Dushku para que não se volte a lesionar tão cedo. Com o seu regresso abre-se um novo mundo de possibilidades na Raw, muito enfraquecida com as recentes saídas de Edge, Khali e Flair e as lesões prolongadas de Triple H e Shawn Michaels. Kennedy tem tudo para fazer jus ao seu nome e liderar um movimento de revolta cada vez maior contra o status quo da brand. Os fãs estão com ele, os fãs precisam que ele seja campeão. Façamos pois votos para que em breve o representante máximo da Raw possa ser MISTEEEEEEEER KEN-NE-DYYY...

...Kennedy.

LusoWiki

Publicado por Rafael "R.L.@" Arrais em 23 de junho de 2007 às 6:37 da tarde.


Luso Wrestling faz dois anos, e oferece à comunidade nacional de Wrestling a LusoWiki!

Há muito tempo que os fãs portugueses de Wrestling aguardavam ansiosamente por um lugar onde pudessem ter acesso a toda informação que precisam sobre Wrestling em Português... Esse lugar chegou!

A LusoWiki tem como objectivo tornar-se a maior base de dados de Wrestling em Português na Internet, e para tal, conta com a ajuda de todos os membros da comunidade Luso Wrestling. Basta estar inscrito no Fórum Luso Wrestling, e fazer log in com os dados de username e password do Fórum na Luso Wiki para poder contribuir com este projecto!

Nos primeiros tempos de vida, os membros que mais participarem no projecto serão convidados a juntar-se a equipa de moderação da LusoWiki. Futuramente, teremos prémios para os mais participativos.

Contamos com a ajuda de todos!

Endereço: http://www.LusoWrestling.com/wiki
Tópico oficial: http://www.LusoWrestling.com/phpBB2/viewtopic.php?t=7315

ROH: Fifth Year Festival: NYC e Philly

Publicado por Rafael "R.L.@" Arrais em 21 de junho de 2007 às 8:18 da tarde.

RING OF HONOR

Como parte da nova formulação do Blog PWP, iremos agora estar abertos a novas federações independentes, como é o caso da Ring of Honor. A ROH funciona sobre um sistema de DVDs, ou seja, os shows são gravados e cerca de dois meses depois são editados em DVD. Nós, no PWP, tentaremos a partir de agora, cobrir todos os shows com análises aos DVDs. De seguida, depois de uma pequena introdução ao Universo ROH, faremos a análise de uma série de 6 shows que fizeram parte do evento que assinalou o quinto aniversário da federação.

A Ring of Honor (ROH) é uma federação independente americana fundada em 2002 por Rob Feinstein. A ROH é uma das mais conhecidas federações a nível mundial, e conta com uma enorme base de fãs por todo o mundo. Gabe Sapolsky, que foi entrevistado pelo Blog PWP no ano passado (ver aqui) é o Head Booker da federação, comandando tudo o que está relacionado com o desenvolvimento de storylines e organização dos eventos.

À entrada para o Fifth Year Festival, Homicide era o ROH World Champion. Homicide derrotou Bryan Danielson no último show de 2006 – Final Battle 2006. A equipa formada por Christopher Daniels e Matt Sydall erguia o ROH World Tag Team Championship.

Shane Hagadorn era o detentor do troféu Top of the Class, que visa premiar o melhor estudante. A Ring of Honor é também reconhecida como uma das principais escolas de wrestling a nível mundial, na actualidade. Já contribuiu directa ou indirectamente para a formação dos principais nomes do Wrestling Mundial – AJ Styles, CM Punk, James Gibson, Jay Lethal, Low Ki (Senshi na TNA), Paul London, Brian Kendrick entre muitos outros. Durante este Festival de Aniversário, Samoa Joe, um dos maiores nome do Wrestling na actualidade, abandonou a Ring of Honor, centrando atenções apenas na TNA.

A Ring of Honor também mantém relações muito próximas com outras federações por todo o mundo. A Full Impact Pro é uma federação irmã da Ring of Honor, partilhando wrestlers entre si. O próprio FIP World Heavyweight Championship é defendido por diversas vezes na ROH, pelo campeão, Roderick Strong. No final do Festival de Aniversário, o título foi defendido em Inglaterra, passando a ser um título mundial.

Actualmente, a Ring of Honor também partilha lutadores com duas das principais federações Japonesas da actualidade, a Pro Wrestling NOAH e a Dragon Gate. Takeshi Morishima, KENTA e Marufuji são os principais nomes da NOAH, enquanto Shingo, Naruki Doi e CIMA são os representantes da Dragon Gate. A ROH também mantém uma relação de proximidade com SHIMMER Women Athletes, uma federação feminina de Chicago.

Dito o essencial sobre a Ring of Honor, mais aspectos irão surgir ao longo das análises a shows, vamos agora analisar o Fifth Year Festival, e o primeiro fim de semana do evento, com uma noite em New York e a outra em Philadelphia.



Fifth Year Festival: NYC
New York, NY 16/02/2007



A primeira noite do primeiro fim de semana abre com um combate muito rápido entre Pelle Primeau, um estudante da ROH, e a estrela da NOAH, Morishima, que estreava-se na ROH neste show. Morishima vem até ao ringue e vence o combate em menos de 30 segundos. No final do combate, Morishima chama Samoa Joe ao ringue. Joe durante muito tempo tem mantido uma feud activa com a NOAH, pedindo em todos os shows combates contra wrestlers da federação Japonesa. Neste show, Samoa Joe irá ter finalmente a oportunidade de combater contra Takeshi Morishima. Apesar do gigante Japonês chamar Samoa Joe, este não vem até ao ringue. Nigel McGuinness vem em seu lugar e acalma o Japonês, levando-o para os bastidores. Nigel Mc Guinness é um dos mais carismáticos wrestlers da ROH e é actualmente uma das principais figuras da federação. McGuinness combate actualmente na NOAH, pelo que é assim explicada a sua proximidade com Morishima.

Logo após Morishima abandonar o ringue, Adam Pearce vem até ao ringue acompanhado do maior rival de Pelle Primeau, o detentor do troféu Top of the Class – Shane Hagadorn. Hagadorn e Pearce atacam Primeau, lesionado no ringue, contudo, não tarda muito até que a música do mais que carismático Delirious toque, e o wrestler mascarado venha até ao ringue, salvar a pele de Primeau, para delírio do público. Inicia-se desta forma o primeiro combate a sério da noite, Delirious vs. Adam Pearce.


Delirious e Adam Pearce têm mantido uma feud bastante intensa e interessante. Este viria a ser o último combate entre ambos, sendo assim o termino de feud. Um combate bastante agradável para opener, que serviu para aquecer o público. Delirious vence o combate após acertar Pearce com um objecto ilegal, que havia sido atirado ao ringue por Shane Hagadorn. Delirious comemora a vitória com o público, no final do combate. Depois de Delirious abandonar o recinto, Adam Pearce culpa Shane Hagadorn da sua derrota. Pearce empurra Hagadorn, contudo, os dois acabam abraçados no final.

Seguiu-se um combate Tag Team feminino com wrestlers da SHIMMER. Allison Danger e Sara Del Ray fizeram equipa para enfrentar Daizee Haze e Alexa Thatcher. Allison Danger é a actual managar de Christopher Daniels, acompanhando o Fallen Angel no combates de singulares e também nas defesas de título com Matt Sydal. Sara Del Ray e Daizee Haze são duas das mais talentosas wrestlers da actualidade, e são dois top names na SHIMMER. Alexa Thatcher, também da SHIMMER estreava-se pela ROH neste combate e deixou boas impressões sobre a sua habilidade. No geral, este foi um combate bastante agradável, que mostra às federações de topo, como a WWE, que pode se conseguir bons combates entre mulheres. A vitória pertenceu a dupla Allison Danger e Sara Del Ray. Nota especial para o ataque de Lacey, vinda dos bastidores, a Daizee Haze. A feud entre Haze e Lacey tem se estendido há muito tempo, e é actualmente a top feud a nível feminino, na ROH.

O combate que se seguiu foi um Four Corner Survival. Estes combates são uma das principais marcas dos eventos da ROH. Quatro wrestlers combatem neste combate, mas só dois estão em ringue ao mesmo tempo. A entrada no ringue é feita através de Tags. A vitória é para aquele que conseguir o primeiro pinfall ou submission. Este combate contou com a participação de Jack Evans, Shingo (ambos pertencem ao roster da Dragon Gate, embora Evans seja já um efectivo na ROH), Jimmy Jacobs (de quem irei falar mais tarde, pois merece atenção especial) e por fim Xavier, o segundo ROH World Champion da história. Actualmente Xavier encontra-se afastado da ROH. Foi um combate razoável, com Shingo e Evans a ajudarem-se mutuamente até a parte final, quando Evans acaba por conseguir a vitória sobre Shingo.


Samoa Joe vem até ao ringue, fazer uma promo falando da importância da ROH na sua carreira. Joe fez no final do Fifth Year Festival, o seu último combate em um ringue da ROH. Joe promove também o combate desta noite, frente a Morishima.


Segue-se um dos melhores combates da noite. BJ Whitmer e Brent Albright enfrentaram-se num combate Tabbles are legal simplesmente fantástico. A diferença deste combate para um Tabbles Match é que aqui, só as mesas são legais, mas a vitória deve ser obtida por pinfall ou submission. Esta estipulação fez com que seja impossível contar o número de mesas partidas, tamanha foi a destruição. A vitória pertenceu a BJ Whitmer, após um Exploder (seu finisher) insano, do cima do canto, por entre duas mesas. Um combate bastante bom, dos melhores deste Festival.

O combate que se seguiu foi a defesa dos título de Tag Team da ROH, por parte dos campeões, Christopher Daniels e Matt Sydal, frente a considerada melhor equipa de sempre da Ring of Honor – Austin Aries e Roderick Strong. Aries e Strong já haviam sido campeões por diversas vezes e tentavam aqui iniciar mais um reinado. De acrescentar que Aries e Strong foram campeões durante quase todo o ano de 2006. Este combate já havia sido realizado por algumas vezes em eventos anteriores, o que prejudicou a qualidade, dando a sensação, a quem viu os anteriores, que era mais do mesmo. Christopher Daniels e Matt Sydal conseguem manter os títulos, por pinfall de Christopher Daniels a Austin Aries.

Terminado o combate, tivemos o momento alto deste show. Roderick Strong vira-se contra o parceiro de longa data, Austin Aries e ataca-o! Davey Richards vem até ao ringue e ajuda Strong no ataque. Passado pouco tempo, Jack Evans vem até ao ringue impedir o ataque, ajudando Aries. Forma-se assim uma nova feud e uma nova Stable na Ring of Honor – os No Remorse Corps – Roderick Storng e Davey Richards.

De seguida, tivemos um combate entre os Briscoe Brothers e a equipa formada por Nigel McGuinness e Colt Cabana. Os Briscoes são uma das tag teams mais respeitadas e consagradas da ROH, e ao meu ver, uma das melhores Tag Teams da actualidade. Colt Cabana é uma das figuras mais carismáticas de sempre a actuar num ringue. Foi um combate bom estas duas equipas. Acabou com a vitória de Nigel McGuiness por pinfall após um potente Lariat.


Mal acaba o combate, Samoa Joe vem até ao ringue e ataca Nigel McGuinness. Ambos são separados por Colt Cabana. Morishima aparece vindo dos bastidores e inicia-se aquele, que a meu ver, foi um dos melhores combates do ano, até o momento. A magia deste combate, entre Samoa Joe e Morishima, foi ver dois wrestlers enormes e com uma enorme agilidade para a sua estrutura física a combaterem no mesmo ringue. Normalmente, vemos Samoa Joe combater com adversários menores ou, quando muito, como o seu tamanho/peso. Neste combate isso não se verificou, pois Morishima é enorme quando comparado com Joe. Foi um combate bastante agressivo. Morishima termina o combate com o nariz em muito mal estado, a sangrar. Samoa Joe acaba por vencer o combate, com Coquina Clutch. Note-se que antes de conseguir derrotar o pesado Morishima, Samoa Joe ainde teve que aplicar um potente Muscle Buster, ao qual Morishima conseguiu escapar a contagem de 2.


Por fim, chegamos ao Main Event da noite. Homicide, o ROH World Champ fazia a defesa do título conquistado no Final Battle de Dezembro de 2006, frente ao “American Dragon” Bryan Danielson. O contender desta noite era Jimmy Rave, um wrestler que já conquistou o seu espaço dentro da Ring of Honor. Rave actualmente, é uma promessa para futuro Main Eventer, o que é muito importante, visto que a cada dia que passa, a ROH vai perdendo os seus principais nomes. Considero este combate bom, talvez tenha ficado um bocado ofuscado pelo combate que o precedeu. Homicide consegue reter o título, derrotando Rave por pifall após um Cop Killa . Momentos antes, Homicide esteve prestes a desisitir frente ao Heel Hook, o potente novo finisher de Rave, que deu-lhe várias vitórias nos últimos meses (trata-se de uma espécie de Single leg Boston crab com a adição de um Ankle Lock).

No geral, foi um show agradável. Destacam-se pela positiva dois combates, primeiramente o fenomenal Samoa Joe vs. Takeshi Morishima. BJ Whitmer vs. Brent Albright também foi um combate bastante bom. Se tiverem oportunidade, não deixem de ver estes dois combates.




Fifth Year Festival: Philly
Philadelphia, PA 17/02/07

O DVD inicia-se com uma cena nos bastidores, onde vemos Jack Evans deitado no chão, inconsciente com um bloco de parede por cima. Ficamos a saber, num dos shows seguintes, que o ataque foi executado por Roderick Strong e Davey Richards, ainda na sequencia do inicio da rivalidade no show anterior. Seguidamente, tivemos uma promo muito boa no Backstage, onde nos é informado por Samoa Joe que Jimmy Rave foi banido por um mês por usar um move que estava proibido de usar, no combate da noite anterior, contra Homicide. Contudo, Rave irá combater esta noite, contra o próprio Samoa Joe.


O show abre com a vinda de TJ Perkins ao ringue para um combate de singulares contra Nigel McGuinness. Os de melhor memória, centamente estarão lembrados do Puma na TNA. Puma fez uma série de combates ano passado, na TNA, por alturas do World X Cup. TJ Perkins é Puma. Este combate foi francamente muito mal, estes dois wrestlers têm estilos e tamanhos bastante diferentes, que infelizmente não combinaram nesta disputa. Vitória para Nigel McGuinness por pinfall após uma Lariat.

Seguiu-se uma promo com Lacey, Jimmy Jacobs e Adam Pearce. A storyline a volta de Jimmy Jacobs e Lacey é considerada por muitos como a melhor storyline da ROH de sempre. Jimmy Jacobs está completamente apaixonado pela sua manager Lacey. Contudo, esse sentimento não é retribuido. Lacey apenas usa Jacobs, aproveitando-se do wrestler para tentar dominar a Ring of Honor. Esta feud já deu vários grandes momentos, quer dentro, quer fora do ringue. Vários wrestlers, como Colt Cabana e BJ Whitmer, já estiveram envolvidos nesta storyline, ao longo do tempo. No show desta noite, Colt Cabana, BJ Whitmer e Daizee Haze formarão uma equipa para defrontar Jimmy Jacobs, Adam Pearce e Lacey. Este foi o motivo desta promo de bastidores, “contratar” Adam Pearce para esta noite.

O combate que se seguiu foi entre Austin Aries e Claudio Castagnoli. Austin Aries encontra-se desde o show passado em feud com o FIP Heavyweight Champion, Roderick Strong. Claudio Castagnoli por sua vez, foi há alguns meses atrás ROH World Tag Team Champion, juntamente com Chris Hero. Desde que perderam os títulos, a relação entre Chris Hero e seu manager e o wrestler suiço tem vindo a degradar-se, contudo, aina não houve confrontos directos entre ambos. Foi um combate que não passou do rótulo de razoavel, acabando com a vitória esperada do veterano Austin Aries. No final do combate, tem lugar mais uma confrontação entre Aries e Strong/Richards. Jack Evans também junta-se à disputa, do lado de Austin Aries.


Adam Pearce, Jimmy Jacobs e Lacey vêm até ao ringue ao som da From Kiss to Kill, uma das músicas escritas e cantadas por Jacobs em homenagem a Lacey. Colt Cabana, BJ Whitmer, e Daizee Haze também vieram até ao ringue e iniciou-se o Philadelphia Street Fight entre as duas equipas, ainda na rampa de entrada. Foi um combate bastante movimentado, com bastante acção dentro e fora do ringue. As duas equipas trabalharam bem para dar aos fãs de Philadelphia um bom combate. Ainda tivemos que esperar alguns minutos até que as coisas ficassem mesmo Hardcore, quando Jimmy Jacobs ataca BJ Whitmer, fazendo-o sangrar brutalmente da testa. Destaque para a parte onde Jacobs enrola Cabana com uma fita, para possibilitar a Lacey aplicar um Low Blow. Vitória para a equipa formada por Whitmer, Cabana e Haze por pinfall de Whitmer sobre Jacobs, após um Exploder de cima do canto. Bom combate.


El Generico e Kevin Steen vs. The Briscoe Brothers foi o combate que se seguiu. El Generio e Kevin Steen não são regulares na ROH, faziam aqui uma participação especial. El Generico vai aparecendo por algumas vezes na Ring of Honor, já Steen é mesmo muito raro actualmente. Devo dizer que sou um grande fã de Kevin Steen. Acho-o um wrestler bastante agressivo e bastate móvel para a sua constituição física. Este combate, em termos técnicos (se é que se pode separar as vertetntes de um combate...) foi o melhor da noite. Os Briscoes são capazes de ter excelentes combates contra equipas deste estilo, muito rápidas. O combate onde os Briscoes ganham o GHC Junior Heavyweight Tag Team Championship, na NOAH, no inicio do ano, frente a Yoshinobu Kanemaru e Takashi Sugiura foi, a meu ver, o melhor combate de Tag Teams deste ano, até ao momento, e um dos melhores que já vi. Aconselho vivamente a todos os fãs dos Briscoes este combate. Os Briscoes acabaram por vencer o combate, por pinfall. Grande exibição de ambas as equipas.


The House of the Rising Sun dos Animals toca e Jimmy Rave dirige-se ao ringue, para o seu combate contra Samoa Joe. Sou um grande fã de Rave, e neste combate esteve muito bem. Samoa Joe é um excelente adversário para qualquer wrestler e consegue dar um bom combate com quase qualquer wrestler do roster. Este combate não foi excepção a regra, mais um bom combate neste percurso final de Samoa Joe na Ring of Honor. Samoa Joe dominou quase todo o combate, com excepção de alguns momentos, onde Rave trabalhou a perna do adversário, chegando a conseguir aplicar um Heel Hook em Joe. No final, a vitória pertenceu a Samoa Joe, por pinfall após um Muscle Buster. No final do combate, Joe faz um discurso emocionado falando sobre a sua carreira na Ring of Honor e agradece o público de Philadelphia pelo apoio ao longo dos anos. São os últimos momentos do “Samoan Submission Machine” na Ring of Honor.


No combate seguinte, Roderick Strong defendeu o seu FIP Heavyweight Championship frente a Delirious. Logo no inicio do combate, Austin Aries aparece vindo dos bastidores com objectivo de atacar Strong, contudo, é impedido pelos membros da segurança (leia-se estudantes da ROH). Roderick Strong volta ao ringue e inicia-se a defesa de título. Um combate agradável que contou com um final de cortar a respiração. Deliriosu sobe ao canto para atacar Strong que estava caido no ringue. Strong levanta-se rapidamente e puxa a perna de Delirious, fazendo o wrestler mascarado cair no ringue de cabeça, ficando inconsciente. Roderick Strong aproveitou a situação, não vencendo logo o combate, mas torturando Delirious, incapaz de responder aos ataques. Por fim, Strong vence o combate por countout. Foi uma excelente forma de afirmar Strong como hell.

Christopher Daniels e Matt Sydal fizeram mais uma defesa de títulos com sucesso, desta vez contra Jack Evans e Shingo, parceiros de Dragon Gate. Um combate razoável. Gosto de ver Shingo e Evans na mesma equipa. Não há muita história neste combate, vitória de Daniels e Sydall por pinfall de Sydal sobre Evans.


O Main Event da noite foi o combate que se seguiu. Homicide defendeu pela última vez o título Mundial da ROH, frente a Morishima. O gigante Japonês, que na noite anterior foi derrotado por Samoa Joe, num dos melhores combates do ano, conquistou, ao seu segundo combate na ROH o principal título da federação, fazendo com que Homicide tivesse o menor reinado de toda a história da Ring of Honor. Um dos momentos chave deste festival de quinto aniversário, juntamente com os últimos combates de Samoa Joe na federação. Sobre o combate propriamente dito, foi bom, devido ao que estava involvido neste combate – o ROH World Championship. Morishima dominou o combate, apesar dos momentos onde o ex-campeão mundial tentou contrariar o impeto do adversário. Terminado o combate, é tradição na ROH todos os wrestlers do plantel virem até ao ringue cumprimentar o novo campeão. Morishima não se deixou cumprimentar, atacando todos os que vieram a seu encontro.

No geral foi um show agradável, tal como a primeira noite em Nova Iorque. Considero estes dois primeiros shows ao mesmo nível de qualidade, medianos. Ainda assim, mediano na Ring of Honor é superior a qualquer Pay-Per-View regular da WWE e TNA, a meu ver. De destacar neste show os seguintes combates: Colt Cabana, BJ Whitmer, e Daizee Haze vs. Adam Pearce, Jimmy Jacobs, e Lacey (Street Fight); The Briscoe Brothers vs. El Generico e Kevin Steen; Samoa Joe vs. Jimmy Rave e por fim, o Main Event, onde Morishima sagra-se campeão da ROH.

WWE No Way Out 2007 - À venda dia 21 de Junho!

Publicado por Rafael "R.L.@" Arrais em 20 de junho de 2007 às 10:32 da manhã.

(clicar na imagem para ampliar)

Ver Trailer

À venda dia 21 de Junho, com o apoio do Blog PWP!

Montréal Screwjob

Publicado por Anónimo em 19 de junho de 2007 às 2:28 da tarde.

Todos já ouvimos falar deste dia marcante (para o bem ou para o mal) na história do pro wrestling: sem que Bret Hart contasse (nem desistisse perante o Sharpshooter), Vincent Kennedy McMahon mandou soar a campainha e retirou o Título da WWF ao canadiano, dando uma vitória fantasma a Shawn Michaels. Ao longo dos anos, sobretudo no Canadá, mas um pouco por todo o mundo, os fãs do Hitman têm-se mostrado enojados com a conduta de McMahon e Michaels e desprezam-nos. Mas será que eles têm razão?

Em Agosto de 1997, no SummerSlam, Bret Hart conquistou o Campeonato da WWF, derrotando para isso Undertaker, num combate em que Shawn Michaels esteve envolvido como árbitro. Este foi o mote para o retomar da rivalidade entre os dois, que já durava desde alturas do Survivor Series de 1992 e que tinha entretanto assistido a algumas peripécias resultantes de jogos de bastidores por parte de Michaels. Durante o seu reinado, Hart recebeu uma tentadora proposta da WCW e aceitou-a, com o aval de McMahon. O problema era o título: o dono da companhia queria que o canadiano o perdesse para Michaels no seu país natal, mas ele recusava-se a fazê-lo. Foi acordado um final em desqualificação e uma mudança de mãos do título no dia seguinte, já em solo norte-americano, no RAW is WAR.

No entanto, com medo que o seu cinto principal tivesse o mesmo destino que o Título Feminino quando Alundra Blayze trocou de Stamford para Atlanta (o lixo), McMahon engendrou um plano para retirar o ceptro máximo da sua promoção a Bret Hart. Esse plano, posto em prática com conhecimento e acordo de Michaels e Earl Hebner, o árbitro do combate, fez com que, enquanto preso no Sharpshooter e a tentar inverter a manobra, como combinado previamente, Hart ouvisse a campainha soar, como se tivesse desistido. Michaels saiu rapidamente da arena, enquanto objectos começaram a voar para o ringue, enquanto o ex-campeão, lívido, pontapeava a mesa dos comentadores e desenhava no ar as letras da promoção concorrente, mas não sem antes cuspir em McMahon. No mês seguinte, Hart interferiria no combate principal do Starrcade 1997, uma das maiores banhadas da história da WCW, marcada pelo final sujo que não agradou a ninguém, depois de um ano à espera de ver Sting lutar contra Hollywood Hogan pelo Título da nWo/WCW.

Mas será Hart o bom da fita? A verdade é que Vince McMahon viu o seu negócio em risco e não podia arriscar. A sua atitude não foi com toda a certeza a mais correcta possível, mas o Hitman também não agiu da melhor maneira. “The guy leaving always does the job” é uma expressão bem conhecida dos adeptos da modalidade e Hart recusou-se a cumprir esta máxima sem condições, numa altura em que, da perspectiva de McMahon, o risco de acontecer algo parecido com o que Blayze fizera era grande. Hart pôs o seu orgulho à frente do negócio. O que perderia ele em entregar o título a Michaels? A sua reputação era intocável, tanto no Canadá como nos Estados Unidos da América. Era uma das suas últimas aparições na WWF, senão mesmo a última, e nunca mais teria de enfrentar Michaels. E o público rapidamente esqueceria esta derrota, porque ele mover-se-ia para um território novo, com novos adversários e um novo mundo para explorar.

Vince McMahon fez aquilo que eu faria, se estivesse no lugar dele. A WWF estava a bater no fundo e precisava de manter o seu prestígio intacto, sob pena de se afundar irreversivelmente nas Monday Night Wars. O risco era grande e não havia nada a perder em fazer o “screwjob” – Bret Hart em breve estaria longe da promoção e a vida prosseguiria na empresa de Stamford, sem o Hitman por perto e com Shawn Michaels a ser o cabeça de cartaz. Se Hart se recusava a perder, só havia uma maneira de lhe retirar o título: sem ele saber, e foi isso que McMahon fez.

O impacto deste acontecimento, esse é inegável e trouxe coisas positivas à WWF. A principal foi o surgir de uma nova personagem (recentemente “morta”), o maléfico dono da promoção, Mr. McMahon, que, juntamente com Steve Austin, seria um dos mais importantes motores da Attitude Era, com a lendária rivalidade entre os dois. É curioso notar que Hart arrastou consigo as más audiências, porque deixou a WWF numa altura de crise e entrou na WCW pouco antes de ela entrar em queda livre – aliás, ele participou mesmo no evento que foi para muitos o princípio do fim da WCW, o Hogan vs. Sting do Starrcade 97, como referi anteriormente. Coincidência ou não, a verdade é que Hart escolheu o pior lado e acabou na companhia que saiu derrotada das Monday Night Wars e lesionado irreversivelmente, depois de um Shuffle Side Kick mal executado por Bill Goldberg. McMahon foi o último a sorrir, após comprar a concorrência. E quanto a Shawn Michaels, uma grave lesão nas costas sofrida num Combate de Caixão contra Undertaker na Royal Rumble 1998 pô-lo-ia fora de combate por mais de 4 anos, mas nem por isso deixou de aparecer na televisão enquanto comissário e voltou à acção no SummerSlam 2002, enfrentando o seu melhor amigo e um dos seus maiores rivais nos guiões, Hunter Hearst Helmsley.

Independentemente do talento indiscutível possuído por Bret Hart, a sua saída representou a oportunidade de afirmação da nova super-estrela da companhia, que catapultaria a WWF para a vitória nas Monday Night Wars. E, com a sua decisão de abandonar o barco, não restava alternativa a McMahon. A sua atitude, ética ou não, deu um safanão a uma promoção moribunda e conferiu-lhe vida, muito necessária para a batalha que se travaria nos 3 anos e meio seguintes. Sem ela, talvez ainda hoje assistíssemos ao Monday Nitro todas as segundas e ao Thunder todas as quintas.

Eu vi a morte do Wrestling, e chama-se John Cena

Publicado por Royce Gracie em 18 de junho de 2007 às 10:10 da manhã.

Saudações, fadistas da minha terra.

Há muitos anos atrás, reza o Novo Testamento que Deus ordenou a Moisés que libertasse os judeus do jugo dos egípcios. Perante a recusa do Faraó Ramsés II, Deus lançou dez pragas sobre o Egipto. Passados mais de 3000 anos a humanidade deve ter voltado a irar Deus, já que um novo flagelo abateu-se sobre o mundo. Esse flagelo chama-se John Cena.

Como muitos outros antes dele, John Cena estreou-se na WWE sem um gimmick definido. Todavia não tardou até revelar a faceta de poser pela qual hoje é tão bem conhecido, tornando-se um white rapper bem ao jeito do infame Vanilla Ice. Acontece que nessa altura Cena era heel, por isso era totalmente adequado que o público o vaiasse por se fazer passar por algo que não era, ainda para mais algo perfeitamente ridículo. Ninguém o sabia nessa altura, mas hoje conhecemos esse tempo como o crepúsculo do Wrestling profissional.

Invariavelmente o crepúsculo é seguido pela noite escura, e foi justamente nessas trevas profundas que a WWE entrou quando John Cena passou a ser face. Os mesmos trejeitos de rapper wannabe pelos quais era até então vaiado passaram agora a granjear-lhe aplausos, vindos na sua esmagadora maioria do público feminino e de jovens imberbes e tolos. Subitamente passou a ser cool falar como um atrasado, andar com a roupa interior à mostra e gesticular como um epiléptico consumidor de speed. Pior ainda, num dia que ainda hoje é amaldiçoado pelos fãs de Graham, Hogan, Flair ou Austin, John Cena anunciou que os seus fãs passavam a ser conhecidos por “Chain Gang”. O mundo não estava preparado para tanto ridículo, e como tal não soube reagir.

Com as raparigas adolescentes e os rapazes pré-adolescentes rendidos ao seu carisma profano e a gastarem rios de dinheiro em merchandising, era inevitável que Cena se tornasse campeão, e esse dia não tardou a chegar. Demonstrando todo o respeito que tem pela história do Wrestling, John Cena tratou de transformar os cintos de campeão em autênticas aberrações que hoje conhecemos por “spinners”. Em tempos sinal de honra e prestígio, os títulos eram agora mais um adereço de bling bling, a juntar à corrente de bicicleta com cadeado que Cena usava ao pescoço. Mas o pior ainda estava para vir.

Nos tempos seguintes, Cena começou a dizimar todo o roster da WWE com os seus temíveis 5-Knuckle Shuffle, FU e STFU. Desde gigantes (Big Show, The Great Khali) a lendas do Wrestling (Triple H, Shawn Michaels), chegando até a medalhados olímpicos (Kurt Angle), nenhum consegue resistir. Revoltado com a situação, Kurt Angle abandonou a WWE e juntou-se à rival TNA. Já Chris Jericho, totalmente desolado, escolheu abandonar completamente o Wrestling. As defesas de título sucedem-se, e o resultado é invariavelmente o mesmo. Títulos como “Cena overcomes the odds” ou “Cena does the impossible” passaram a ser frases do dia-a-dia. Como insulto adicional, John Cena fez um filme em que interpretava um marine, e poser como é não resistiu a incorporar na sua gimmick um boné camuflado, o gesto da continência e até mesmo umas dog tags ao pescoço, que faz questão de beijar antes de enterrar mais um candidato ao título. Por certo que se Cena tivesse entrado no novo “Piratas das Caraíbas” passaria a usar pala no olho, espada à cintura e papagaio no ombro. Bem vistas as coisas, o nível de ridículo não teria aumentado assim tanto.

Mais de oito meses depois de colocar novo fim precoce no reinado de Edge, Cena conseguiu a proeza de destruir completamente a credibilidade do roster da WWE. Hoje não resta ninguém que lhe possa fazer frente, já todos foram vencidos e, na maior parte dos casos, humilhados. Pela primeira vez na história grande parte do público nos recintos (elementos do sexo masculino com mais de 14 anos) assobia e insulta um campeão face. Os fãs de Wrestling desejam realmente não conseguir ver John Cena e insurgem-se contra ele. Outros há que abandonam os recintos ou desligam a TV nos main events. Outrora um escape e uma forma de entretenimento salutar, Cena conseguiu transformar o Wrestling em mais uma fonte de irritação.

O futuro virá a seu tempo, sem que seja preciso fisgá-lo como a um peixe, mas hoje as perspectivas não são animadoras. John Cena encarna o velho adágio “Populus me sibilat, at mihi plaudo, Ipse domi simul ac nummos contemplar in arca” e entretanto descredibilizou toda e qualquer oposição, só restando talvez aos fãs a esperança de a WWE reeditar a storyline do clone ou do irmão há muito desaparecido. Um Dom Sebastião que apareça numa manhã de nevoeiro, um Artur que consiga arrancar Excalibur da rocha, um herói que consiga o impossível de tirar o título de campeão ao Cena. Queira Santa Eliza Dushku que esse dia não demore, que os verdadeiros fãs de Wrestling não conseguem aguentar muito mais.

TNA Slammiversary 2007 - Preview

Publicado por Rafael "R.L.@" Arrais em 17 de junho de 2007 às 3:10 da tarde.


TNA Slammiversary 2007
Nashville Municipal Auditorium
Nashville, Tennessee


Directamente do Nashville Municipal, em Nashville, Tennessee, a TNA celebra mais um aniversário com o já habitual Pay-Per-View Slammiversary! Este é a terceira edição do Slammiversary, que simboliza o quarto aniversário da federação. É um regresso às origens, visto que a TNA "nasceu" em Nashville, de onde foram emitidos os primeiros Pay-Per-Views semanais, há cerca de quatro ano atrás.


Este é o terceiro Pay-Per-View mensal da TNA fora de Orlando, Florida. O Bound For Glory de Outubro do ano passado foi o primeiro PPV mensal realizado fora do iMPACT! Zone. Este ano, o Lockdown, em Abril, foi realizado em St. Louis. O local escolhido para receber o Slammiversary foi o Nashville Municipal Auditorium, uma arena com capacidade para mais de 9000 pessoas.


Combate Tag Team 2 vs. 2
Voodoo Kim Mafia vs. Basham e Damaja c/ Christy Hemme

A feud entre os VKM e a bela Christy Hemme já estende-se há alguns meses. Tudo começou a volta de uma discussão, onde Christy Hemme acusou Kip James de comportamento machista. O combate directo entre estas duas facções começou no Destination X, onde os Voodoo Kin Mafia derrotaram os The Heartbreakers, chefiados por Christy Hemme. No Pay-Per-View seguinte, o LockDown, durante o Pre-Show, os VKM voltaram a derrotar uma equipa de Christy, desta vez os Serotonin. No evento do mês passado, o Sacrifice, BG James não participou no combate contra Basham e Damaja, devido ao facto de ter sido atacado pela equipa de Christy previamente. Kip James viu-se então obrigado a combater em um combate Handicap, que acabou por perder. Desta vez, no Slammiversary, os VKM estão inteiros... Estarão Basham e Damaja a altura de derrotar BG e Kip James? A meu ver não, aposto desta forma na vitória dos VKM. Enquanto não há nenhuma outra storyline para eles e para Christy, penso que podem manter esta feud lower card por mais algum tempo.


Combate Tag Team 2 vs. 2
Frank Wycheck e Jerry Lynn vs. James Storm e Ron Killings


Frank Wycheck, antigo TE dos Tennessee Titans participa neste Pay-Per-View frente ao público de Tennessee. O combate montou-se a volta da conferencia de imprensa do evento, onde James Storm cospe cerveja em Wycheck. Poucos instantes depois, Wycheck acerta com a guitarra de Jeff Jarrett em Storm, desenvolvendo o desentendimento, que teve como fim a marcação deste combate. Acredito que a inclusão de Jerry Lynn e Ron Killings seja uma forma de não só ter ambos no card deste grande evento, como também de evitar que este combate seja muito mal a nível técnico, opondo directamente o antigo jogador de futebol americano ao "Cowboy" James Storm. A vitória neste combate irá sem grandes dúvidas para a equipa de Wycheck, eventualmente com uma interferência de Chris Harris ou de outro wrestler do plantel da TNA. Durante algum tempo, pensei que a inclusão de pessoas alheias ao wrestling em combates, por parte da TNA, era uma má decisão. Contudo, passando o cenário para a realidade nacional, quem não gostaria de ver certos jogadores de futebol em um ringue?


Combate de Singulares – Contracto vs. Liberdade
Eric Young vs. Robert Roode c/ Ms. Brooks

Uma das feuds mais bem construídas da TNA. Eric Young, idolatrado pelo público, assumiu desde a vinda de Cornette para a federação uma personagem de "Don't Fire Eric!", o que tem proporcionado momentos verdadeiramente engraçados. Há vários meses atrás, em uma storyline envolvendo Ms. Brooks, Eric Young foi forçado a assinar um contrato, que o tornou um verdadeiro escravo do seu ex companheiro de equipa no Team Canada, Robert Roode. Desde lá, Roode tem humilhado Young, contudo, Eric recentemente contou com a preciosa ajuda de Jeff Jarrett, que acabou por sair derrotado frente a Roode, no combate entre ambos no Sacrifice. O combate desta noite terá uma particularidade especial. Caso Robert Roode vença, Eric Young será despedido. Se Young vencer, livra-se do contrato. Devido a essa especificação, não acredito sinceramente na vitória de Robert Roode, apostando na vitória de Young ou num possível final que não determine directamente o vencedor.


Combate de Singulares
Mr. Backlund vs. Alex Shelley


É caso para dizer, finalmente Alex Shelley num combate de singulares, com uma feud por trás! É mesmo pena a feud não ser muito "tradicional". Backlund apesar de manter o seu comportamento típico, já está muito longe da melhor forma física. Não se pode esperar nada grandioso deste combate, a não ser que siga caminho para um ser um Comedy Match, caso contrário, poderá ser o pior combate da noite. Por melhor wreslter que Shelley possa ser, não acredito que tenha capacidade para levar um combate às costas. É de igual forma difícil apostar num vencedor neste combate, justamente por ser muito imprevisível. Backlund pode chegar a não combater, apontando Senhsi para o seu lugar, por exemplo. Ainda assim, a ter que escolher um vencedor, escolho Shelley, que tem capacidades de sobra para brilhar, basta que a TNA deixe.


Combate Tag Team 2 vs. 2
Rhino e Chris Harris c/Hecto Guerrero vs. LAX c/ Konnan

Um combate montado muito a pressa. A rivalidade entre Hector Guerrero e Konnan, apesar de ainda estar no inicio, promete ser muito boa. Acho que fazer um combate entre uma equipa sem ligação nenhuma a Hector contra os LAX, é uma má decisão, mais valia darem uma promo a cada um no evento, para manter as coisas "vivas", ou até mesmo uma confrontação em ringue. Ainda assim, Rhino e Chris Harris vs. Homicide e Hernandez pode vir a dar um combate bom. De forma a prosseguir com a feud, aposto na vitória da equipa de Hector Guerrero.


Combate de Singulares
Sting vs. “The Fallen Angel” Christopher Daniels


Esta rivalidade tem absolutamente tudo para ser a feud do ano. Tanto Sting como Christopher Daniels têm um carisma fora de série, e já provaram que podem fazer promos fenomenais. Dentro do ringue, ambos são do melhor que há no wrestling na actualidade, apesar da idade e dos anos de carreira que Sting já tem. Um combate tão cedo só pode ser explicado de uma forma: há que arranjar motivos em ringue para uma rivalidade sólida, bem construída, marcando um Hell e um Face logo no inicio. Prefiro não pensar que este combate pode, eventualmente, acabar com esta rivalidade que ainda só dura algumas semanas. Espero que a equipa criativa da TNA tenha altos planos para estes dois. Para vencedor deste primeiro combate, aposto no "Fallen Angel" Christopher Daniels, de alguma forma ilegal.


TNA X Division Championship – Combate de Singulares
Chris Sabin (c) vs. “Black Machismo” Jay Lethal

Este é um dos combates por que mais anseio. Acredito que hajam muitas pessoas ao redor do mundo, que tal como eu, adoram esta personagem de Jay Lethal. Lethal consegue interpretar o grande "Macho Man" Randy Savage de uma maneira fenomenal. Chris Sabin, desde que fez o Hell turn e teve a Storyline com Jerry Lynn, perdeu alguma da minha admiração. Penso que teria feito bem à sua personagem ter perdido o título frente a Lynn, nem que depois voltasse a recuperar num Pay-Per-View seguinte. Penso que Sabin devia ter perdido o título já no LockDown, em Abril, no combate Xscape, justamente para Jay Lethal. Deste modo, aposto e espero que aconteça a vitória de Lethal, conquistando a nova versão do título da X Division. Quem sabe se Randy Savage não aparece para dar uma mãozinha a Lethal...?


TNA World Tag Team Championship – Combate Tag Team 2 vs. 2
Team 3D (c) vs. The Steiner Brothers


Num dos iMPACT!s que antecederam o Slammiversary, os Team 3D vieram até ao ringue com os novos Campeonatos Mundiais de Tag Team da TNA. Os Team 3 e os Steiner Brothers tiveram uma confrontação no ringue, onde falaram sobre a carreira de cada uma das equipas. Desta confrontação, nasceu este combate, pelos títulos, entre os campeões, Team 3D e os Steiner Brothers. Tudo ia muito bem nesta feud e na preparação deste combate, até que é noticiado nos principais sites de notícias internacionais que Scott Steiner lesionou-se com gravidade em um House Show da TNA em Porto Rico, tendo que ser operado de emergência na própria cidade, sendo impedido de voltar aos Estados Unidos. Visto que a TNA já tinha o último iMPACT! antes do Slammiversary gravado por altura da lesão, não houve nenhuma alteração nem anuncio oficial sobre este combate, contudo, Scott Steiner não estará em condições de competir em Nashville, logo espera-se que este combate não se realize.


TNA World Heavyweight Championship – King of the Mountain IV
Kurt Angle vs. Samoa Joe vs. AJ Styles vs. Christian Cage vs. ???


O grande combate da noite! O King of the Mountain é já um dos combates mais característicos da TNA. O primeiro combate deste género foi realizado em 2 de Junho de 2004, no Pay-Per-View semanal número 98 da TNA, ainda em Nashville. Nesse combate, Jeff Jarrett derrotou Ron Killings (o campeão na altura), AJ Styles, Raven e Chris Harris. A segunda edição aconteceu no primeiro Slammiversary, já em Orlando na Florida, em Junho 2005. Nesta segunda edição do combate, Raven tornou-se o novo Campeão Mundial derrotando o então campeão AJ Styles e também Abyss, Monty Brown e Sean Waltman. A terceira edição aconteceu em Junho do ano passado, também em um Slammiversary, e contou com a vitória de Jeff Jarrett, conquistando o título que até então pertencia a Christian Cage. Nesse combate, também participaram Sting, Abyss e Ron Killings.

Note-se que em todos os combates, tivemos a coroação de um novo campeão, contudo, este ano não há nenhum campeão! No PPV Sacrifice do mês passado, tivemos um combate Triple Threat entre o então campeão, Christian Cage, Sting e Kurt Angle com o TNA World Heavyweight Championship de Christian Cage em jogo. No final, Sting fazia o cover sobre Christian Cage, mas em simultâneo, Angle fazia Sting desistir com um Ankle Lock. O título no final da noite acabou por ficar com Kurt Angle, contudo, no iMPACT! seguinte, Jim Cornette retirou o título de Angle dizendo que não havia certezas para determinar um campeão justo. Desta forma, foi marcado que o vencedor do King of the Mountain seria o novo TNA World Heavyweight Champion.

Assim, começaram as eliminatórias nos iMPACT!s que se seguiram, de forma a encontrar os cinco participantes que são precisos no combate. Kurt Angle, Samoa Joe, AJ Styles e Christian Cage foram os nomes apurados. Apesar das eliminatórias, não foi possível encontrar o quinto participante no combate, aparecendo este, no site da TNA como "a determinar por Jim Cornette". Julgo que este quinto nome pode ser Abyss, que regressou no último iMPACT!, após alguns meses de ausencia.

Sobre o eventual vencedor, Kurt Angle e Christian Cage são os dois grandes nomes para vencer e conquistar o TNA World Heavyweight Championship. Pessoalmente, adoraria ver a vitória de Samoa Joe, mas penso que não será desta que Joe conquista o seu primeiro Título Mundial na TNA. AJ Styles está neste combate apenas para ajudar Christian Cage, e sinceramente não acredito que o wrestler surpresa poderá vencer o combate. Assim, será algo entre Kurt Angle e Christian Cage, e a ter que apostar na vitória de algum, apostaria em Christian Cage, com a ajuda de AJ Styles e/ou Tomko.

Neste momento, está a acontecer uma votação no Fórum Luso Wrestling para saber qual é a opinião dos users sobre o vencedor da quarta edição do King of The Mountain. A votação pode ser acedida por aqui (é necessário registo no fórum Luso Wrestling para visualizar). Ainda hoje, serão apresentados os resultados dessa votação aqui, no Blog PWP.

Sherri Martel faleceu

Publicado por Rafael "R.L.@" Arrais em 16 de junho de 2007 às 8:38 da tarde.


Sherri Martel, a "Sensational Sherri" faleceu ontem, em sua casa. Sherri tinha 49 anos de idade. As causas da morte ainda não foram apuradas.

O Blog Pro Wrestling Portugal está solidário com familiares, amigos e fãs, neste momento de tristeza

McMahon is dead!

Publicado por Rafael "R.L.@" Arrais em 12 de junho de 2007 às 11:07 da tarde.

Vince McMahon está morto! Ou pelo menos é isso que a WWE quer nos fazer pensar!


A edição de ontem do Monday Night RAW teve como plano de fundo não só o Draft de 2007, que já foi abordado aqui, no Blog PWP, mas também a Noite de Apreciação do Mr. McMahon. Após receber várias apreciações negativas de grandes nomes da WWE, Mr. McMahon vem até ao ringue e, por mais estranho que pareça, não diz uma palavra! Mr. McMahon larga o microfone no chão, e dirige-se aos bastidores...

Vemos várias estrelas da WWE, alinhadas em um corredor do interior do pavilhão. Mr. McMahon passa por todas elas, sem dizer uma palavra. O Chairman da WWE dirige-se então ao exterior da Arena, entra na sua limusina e esta explode!


Eventualmente, todos sabemos que isto é apenas entretenimento, mas para que não hajam dúvidas, tratou-se de um Angle (de mal gosto ou não, logo veremos), passo a explicar o sucedido.

De acordo com o PWInsider.com a cena da explosão foi gravada na noite de Domingo, em Wilkes-Barre, PA. A WWE contou com a ajuda de profissionais no campo dos efeitos especiais, de forma a recriar uma explosão o mais real possível.

O que viram no RAW de ontem, foi uma montagem (muito bem feita, diga-se) entre a cena que estava a acontecer na realidade, e a que foi gravada. A transição foi feita de forma muito profissional, não se notando absolutamente nada que possa denunciar a situação, pelo menos visto em directo.

De forma a tentar dar mais credibilidade ao Angle, a WWE colocou uma limusina em chamas, para que os fãs no final do show tivessem a oportunidade de ver com os seus próprios olhos o que tinha acontecido. Contudo, e como nada é perfeito, já há vários relatos de pessoas que já tiveram a oportunidade de avistar Mr. McMahon, depois do "acidente".

Espero que a WWE não leve esta Storyline para campos que não deve ir, de modo algum. Simular qualquer cerimónia fúnebre num qualquer show, seria, a meu ver, de extremo mal gosto. Que tal deixar isto pelo simples ... "Quem terá feito isto ao Mr. McMahon?" ?

WWE Draft 2007

Publicado por Bruno Santos em às 5:05 da tarde.

Realizou-se esta noite a primeira parte do Draft deste ano da WWE, envolvendo as três marcas: o RAW, o SmackDown! e a ECW.



Esta é, claro está, a maneira mais flagrante que a WWE utiliza para criar novas rivalidades e promover wrestlers. O Draft deste ano funcionou da seguinte forma:
- realizariam-se 10 combates;
- a marca representada pelo vencedor de cada combate receberia um novo wrestler;
- o último combate era uma Battle Royal de 15 homens, o que dava direito a dois novos wrestlers;

1ª escolha:
Edge venceu John Cena
Great Khali to SmackDown!

2ª escolha:
CM Punk venceu Carlito
Boogeyman para a ECW

3ª escolha:
Umaga vence Balls Mahoney
King Booker para o RAW

4ª escolha:
Bobby Lashley venceu Chris Benoit
Chris Benoit para a ECW

5ª escolha:
MVP venceu Santino Marella
Torrie Wilson para o SmackDown!

6ª escolha:
The Miz venceu Snitsky
Chris Masters para o SmackDown!

7ª escolha:
Candice Michelle venceu Kristal
Bobby Lashley para o RAW

8ª escolha:
Batista venceu Elijah Burke e Jeff Hardy
Ric Flair para o SmackDown!

9ª & 10ª escolha:
Randy Orton venceu uma Battle Royal
Snitsky e Mr. Kennedy para o RAW

A WWE anunciou entretanto que a segunda sessão deste Draft irá decorrer na Quarta-Feira, no site wwe.com.

Uma noite no Wrestling

Publicado por Royce Gracie em 11 de junho de 2007 às 11:29 da tarde.

Saudações, fadistas da minha terra.

No século XVII, o Padre António Vieira concebeu a ideia do Quinto Império, o Império Português, que marcaria o domínio tuga sobre o mundo. Também Fernando Pessoa teve este ideal bem presente na sua magnum opus “Mensagem”. Não podemos dizer que já se veja a alba deste Quinto Império, mas ao menos nos últimos tempos temos tido shows de Wrestling em terras lusas. Não será exactamente a mesma coisa que o domínio do mundo, mas já é um princípio.

Após um hiato de onze anos a WWE regressou a Portugal em Dezembro de 2006, com dois eventos da SmackDown, os quais naturalmente tiveram casa cheia no Pavilhão Atlântico, com os bilhetes a voarem mais depressa do que a roupa interior da Paris Hilton numa convenção de ninfomaníacas. Perante tamanho sucesso, a WWE decidiu que estava na hora de trazer até nós a sua brand principal, aquela que durante muitos e bons anos se misturava com a WWF/E em si. Em boa hora o fez, porém (e apesar do que o Bruno Nogueira nos tenta convencer) é bem sabido que perfeita só a Eliza Dushku, e esta visita da Raw a Portugal não foi excepção.

Os problemas começaram meses antes do avião com os lutadores aterrar no Aeroporto de Lisboa. Triple H, campeão da WWE por 10 vezes e de longe uns dos lutadores mais técnicos e carismáticos de sempre, contraiu uma lesão grave e ficou irremediavelmente afastado do privilégio de actuar em Portugal. Mais recentemente o seu parceiro nos D-X, o Heartbreak Kid Shawn Michaels, ressentiu-se de um acumular de lesões e foi também obrigado a parar. Na SmackDown, a segunda brand, foi a lenda Undertaker e a promessa Mr. Kennedy a seguirem o caminho da enfermaria, o que obrigou a WWE a transferir para lá o maior heel da actualidade, Edge, a fim de desempenhar as funções de campeão e principal representante da brand. Dando razão ao ditado brasileiro “vaso ruim não quebra”, um dos poucos main eventers da Raw a escapar a esta onda de lesões foi justamente o campeão John Cena, o qual se prepara para celebrar em Setembro de 2016 a bonita marca de 10 anos seguidos com o título.

Chegada a data dos eventos da Raw em Portugal a expectativa era muita, pese embora as três enormes ausências que se faziam sentir, mas o grande problema acabou por ser o público. É certo e sabido que uma das principais armas do Wrestling é conseguir ser apelativo para crianças de tenra idade, que mesmo não ligando ainda a coisas como futebol ou música (excepto Floribella) se deixam levar pela cor e movimento dos espectáculos de luta livre. Ora se isto em termos de vendas de merchandising é muito bom, tanto assim que nem sei se existem t-shirts do Cena em tamanho para adulto (quem no seu perfeito juízo as compraria?), há o contraponto da falta de participação dos espectadores. Não só as crianças pequenas ficam algo assustadas por todo o ambiente e limitam-se a assistir em silêncio, como também vêm inevitavelmente acompanhadas pelos pais, que em muitos dos casos não seguem nem apreciam Wrestling. Multiplicando isto por muitas crianças e muitos pais, temos que boa parte da assistência se limita a bater palmas esporadicamente, deixando-se estar num silêncio quase sepulcral durante o resto do tempo. O que por um lado até me faz pensar: havendo shows em dois dias seguidos, não se poderia fazer um show para um público mais jovem e o outro para os jovens de outrora? Escusavam as crianças de ouvir certos e determinados termos e expressões que eu ouvi aquando da presença de um certo John Cena cujo nome não vou aqui mencionar, e podia o pessoal mais veterano garantir um show para maiores de 16 com cânticos praticamente non-stop, ondas mexicanas e no geral muito mais entusiasmo nas bancadas. Enfim, para utopias já temos o Quinto Império e o meu casamento com a Eliza Dushku, mas o certo é que a percentagem de crianças num show acaba por ser inversamente proporcional à participação do público no mesmo.

Longe de mim considerar que os eventos da Raw foram um fracasso, embora tenha gostado mais dos da SmackDown, mas para mim a questão do público deve ser algo a rever. Mesmo fãs espanhóis que estiveram no Pavilhão Atlântico escreveram no respectivo site que o público português é muito apático, e isto custa-me um bocado, porque se ainda passados dois dias a minha voz não voltou ao normal, sei que devo ser uma das raras excepções. O Wrestling não é ópera, ainda que o título desta crónica seja uma homenagem ao brilhante filme dos Irmãos Marx e consequente álbum dos Queen, e a ideia não é assistir aos acontecimentos sossegado como se faz no sofá de casa. O Wrestling vive da interacção entre lutadores e público, e apesar do roster desfalcado que se deslocou a Lisboa saí do Pavilhão Atlântico com a nítida sensação que foi o público português a falhar, não os lutadores. A ideia deve ser contribuir para o espectáculo também nas bancadas, com apoios, insultos, cânticos, vaias e o que mais se quiser, mas nunca com silêncio. Ou então simplesmente há pessoas que deviam considerar trocar os pavilhões de Wrestling por salas de ópera.

Welcome to WrestleMania! - Parte 2

Publicado por Rafael "R.L.@" Arrais em às 12:33 da tarde.

Depois do pior combate da edição de 2007 da WrestleMania, seguiu-se o combate surpresa da noite e sério candidato a melhor desta edição. Chris Benoit defendia o seu título contra Antonio Banks, mais conhecido por Montel Vontavious Porter, o MVP.


A rivalidade entre estes dois começou algumas semanas antes da WrestleMania. MVP fazia já algum sucesso na SmackDown!, tendo participado em combates importantes e derrotado alguns nomes fortes da marca. Já era mais do que altura para ter uma oportunidade pelo Titulo secundário.

E assim foi, marcou-se este combate entre o veterano Benoit, campeão desde Outubro de 2006 quando derrotou Mr. Kennedy em uma SmackDown!, e Montel Vontavious Porter. MVP preparou muito bem o combate nas SmackDown! que precederam a WrestleMania, dizendo por várias vezes que era digno do Título, tendo para isso derrotado vários “campeões nacionais” de países verdadeiramente pouco conhecidos. Se, a partida, não gostei muito de saber que o adversário do Rabid Wolverine na WrestleMania seria MVP, com o passar do tempo e com a preparação para o combate, não podia ter gostado mais da escolha.

MVP ganhou neste combate o meu respeito e atenção e certamente o de muitos outros fãs por todo o mundo. MVP bateu-se muito bem contra Benoit, protagonizando bons momentos de wrestling técnico e de mat wrestling, algo que não é habitual ver na WWE. Seria de esperar ver a vitória de MVP de modo a “libertar” Benoit do Título dos Estados Unidos, para este aspirar a voos mais altos, mas assim não foi.


Aos 9 minutos de combate, Benoit aplica um Diving Headbutt e vence o combate por pinfall, mantendo o Título em seu poder. A feud com MVP continuou e já proporcionou mais alguns bons combates aos fãs. Para finalizar, nota positiva para a entrada de MVP neste combate.

De seguida, tivemos a apresentação ao público que enchia o Ford Field dos nomeados deste ano do Hall of Fame da WWE. Jim Ross, Jerry "The King" Lawler, Nick Bockwinkel, Mr. Fuji, "The American Dream" Dusty Rhodes e os The Wild Samoans foram os nomes deste ano. The Sheik foi representado pela sua mulher, Joyce Farhat, e Curt Hennig foi representado pela sua mulher, Leonice, e pelo seu pai, Larry Hennig. Este foi também o momento em que os fãs tiveram a oportunidade de ouvir a voz do lendário Howard Finkel, o inventor do nome WrestleMania.

Seguiu-se um dos Main Events da noite, apesar da posição no evento (terceiro combate). Batista defendia o seu World Heavyweight Championship frente ao Undertaker. Undertaker venceu a Royal Rumble de 2007, o que lhe deu oportunidade de combater por um Título Mundial. Undertaker ainda andou “às voltas” por algumas semanas até anunciar que queria combater contra Batista, o que até proporcionou momentos bastante interessantes.


Assim que ‘Taker anunciou que lutaria contra o Animal na WrestleMania, esta rivalidade perdeu grande interesse. Batista, a meu ver, não tem capacidade suficiente para ter uma boa feud contra uma figura como o Undertaker, que a partida é mais do que favorito para a vitória no combate. Undertaker tinha, a entrada para esta WrestleMania, uma streak de 14 vitórias na WrestleMania, sendo imbatível no evento desde a sua estreia. Batista por sua vez, era um campeão em final de reinado, e todos já sabiam que a WrestleMania seria o fim da linha.

Apesar da fraca Stroyline a volta deste combate, o combate em si foi bastante bom e emocionante, principalmente na sua parte final, onde os wrestlers trocaram finishers, até que Undertaker consegue apliar o seu mortifero Tombstone Piledriver após 15 minutos de combate, aumentando para 15 a sua streak, mantendo a invencibilidade e conquistando mais um campeonato mundial.


Pouco mais há a dizer sobre este combate. A entrada de Undertaker foi simplesmente magnifica, como habitual. O público de Detroit foi ao rubro quando o Dead Man ergueu o World Heavyweight Championship. A prestação de Batista durante o combate foi boa, tendo proporcionado alguns bons spots na zona das mesas. Um dos melhores combates da sua carreira.

O próximo combate era o combate que representava a ECW nesta WrestleMania. Um dos marcos da “temporada” de 2006/2007 foi o “renascimento” da ECW, e como tal, nada melhor do que um combate na WrestleMania para marcar tal feito na história. Daqui há muitos, muitos anos, se por acaso voltarem a ver as WrestleManias, terão a oportunidade de ver que foi na edição de 2007 que deu-se o primeiro combate ECW em uma WrestleMania. É isto que é importante numa WrestleMania, tudo o que é feito, jamais será esquecido, sempre será recordado e tido como referencia máxima.

A feud entre os ECW Originals e os New Breed começou há alguns meses antes da WrestleMania, e este combate teve como objectivo decidir de uma vez por todas, qual das equipas é a melhor em ringue – Os veteranos da ECW, que estiveram na versão original da marca, ou os WWECW, formalmente conhecidos como New Breed.


Devo dizer que podia apostar que a vitória neste combate seria para os New Breed, com muita pena minha, pois nenhum dos membros da Stable me chama a atenção. Felizmente a equipa criativa da WWE decidiu atribuir a vitória aos veteranos - Tommy Dreamer, Sabu, Sandman e Rob Van Dam que conseguiraram derrotar Elijah Burke, Marcus Cor Von, Matt Striker e Kevin Thorn neste combate curto e algo confuso, através de pinfall de Rob Van Dam sobre Matt Striker, após um Five-Star Frog Splash.

Este facilmente seria o combate mais fraco da noite, não tivéssemos tido antes do Main Event o combate pelo Título Feminino entre a talentosa campeão, Melina, e a apenas bonita, Ashley... Sobre este combate falarei mais tarde.

O sexto combate da noite foi aquele que, a meu ver, foi o grande combate desta edição da WrestleMania. Uma feud construida de maneira soberba, que não se limitou ao mundo do wrestling, e não re-editou nada do passado, mas sim criou algo nunca antes feito.

Mr. McMahon e Donald Trump eram os bilionários nesta batalha entre bilionários. Foi esse o pretexto usado para a criação da rivalidade, o dinheiro. Muitas coisas passaram-se desde o iniciar da feud, desde Donald Trump ter feito “chover dinheiro” em uma edição do RAW, passando pelo anúncio de que haveria um combate envolvendo os dois na WrestleMania, combate esse que seria um Hair vs. Hair, o que apimentou ainda mais as coisas, e elevou este a grande combate WrestleMania do ano.

Para o combate, os bilionários viram-se obrigados a escolher representantes para o combate da WrestleMania. Trump escolheu o então Campeão da ECW, Bobby Lashley. Mr. McMahon por sua vez, escolheu Umaga, que encontrava-se com um estatuto de imbatível no RAW. As escolhas para este combate certamente não foram as melhores. Todos sabemos que Lashley não é dotado de grande técnica e tinha, pela altura, o Título da ECW em seu poder, que podia ter sido defendido em Detroit. Já Umaga, havia saido de uma pequena feud com Cena, e até pode vir a ser capaz de fazer bons combates, mas não com um adversário como Lashley.

“Stone Cold” Steve Austin foi adicionado ao combate algumas semanas antes, com o cargo de árbitro especial. Esta adição veio de igual forma acrescentar ainda mais emoção a esta disputa, e acabou por encobrir, de certo modo, as dificuldades dos wrestlers escolhidos em lidar com uma feud como esta. Steve Austin nas semanas antes da WrestleMania esteve bastante participativo na WWE, e a sua presença em todos os programas semanais da federação tornou-se habitual. O que também havia se tornado habitual eram as provocações constantes entre McMahon e Trump, tendo os bilionários envolvido-se em grandes momentos de wrestling. Destaco a noite em que Mr. McMahon revelou como ficaria Trump caso esse ficasse careca, e também as entrevistas feitas a estrelas de Hollywood sobre quem seria o vencedor do combate.

Acabado o período de preparação do combate, era altura de WrestleMania, e consequentemente de Umaga e Lashley entrarem em ringue para decidirem qual dos milionários iria sair de Detroit sem cabelo. O combate em si, foi razoável, como já seria de esperar. Lashley e Umaga não foram capazes de lidar com a pressão de combater em um combate desta envergadura para mais de 80 mil pessoas, e deixaram-se ficar pelo rótulo de combate mediano. Ainda assim, esta disputa teve momentos bastante bons, destacando-se as intervenções de Austin, a interferência de Shane e o seu ataque sobre Lashley, que ainda assim não foi capaz de dar à Umaga a vitória, visto que o Samoano envolveu-se com Stone Cold e acabou por levar com um Stunner, que custou-lhe o combate.

Já depois do termino do combate, tivemos um dos momentos WrestleMania do ano. Lashley e Trump comemoravam a vitória em ringue, enquanto Mr. McMahon tentava abandonar a arena, contudo, rapidamente foi impedido e trazido até ao ringue, onde cumpriu-se aquilo que foi previamente estipulado. O resultado foi o seguinte:


Já depois disso, Stone Cold aplica um Stunner em Trump (muito mal aplicado, diga-se...)

Tal como no ano passado tivemos um combate entre Torrie Wilson e Candice Michelle entre os Main Events, este ano também tivemos um combate feminino com um grau de importância mais elevado. Tratava-se da defesa do Título Feminino da WWE por parte de frente a Ashley Massaro.

Ashley havia sido capa da Playboy em Abril. Por este facto, a WWE resolveu fazer um combate entre as duas, pelo Título Feminino. A preparação deste combate foi bastante fraca, já não bastando o facto de Ashley ter conseguído a Title Shot do nada, ou seja, não dando provas em ringue que merecia tal oportunidade, como também houveram durante a feud momentos fracamente fracos. Este combate teve a particularidade de ser um combate Lumerjill, ou seja, contou com a presença de todas as Divas do roster ao lado do ringue. Não só foi uma força de dar espaço a todas no card, como também de agradar o público de Detroit, enquanto aguardavam ansiosamente pelo Main Event da noite.


Apesar das boas intenções da WWE, o combate ficou por isto mesmo, visto que apesar de apenas ter durado 3 minutos, foram facilmente os piores minutos desta edição, em termos de Wrestling no ringue. A vitória pertenceu à campeão que manteve o seu Título, como seria de esperar. Tenho pena da Melina, merecia uma melhor adversária como recompensa por todo o trabalho que tem feito na WWE, desde a sua estreia.

Terminado o combate pelo Título Feminino, chegou a altura do momento mais esperado dos últimos meses e consequentemente o momento mais esperado da noite! John Cena, o campeão da WWE, defende o seu Título frente ao Heartbreak Kid Shawn Michaels. Esta feud iniciou-se após a Royal Rumble, quando Shawn Michaels ficou colocado em segundo lugar no Royal Rumble Match. Devido a esse factor, e a juntar a lesão de Triple H, permitiram ao HBK um lugar no Main Event desta edição da WrestleMania.

John Cena é praticamente Campeão desde a WrestleMania 21, em 2005. Digo praticamente, porque teve algumas interrupções pelo caminho, nomeadamente perdendo o título para Edge (por duas vezes) e para Rob Van Dam. Shawn Michaels, por sua vez, faz parte dos renascidos D-Genereation X, juntamente com Triple H, que por altura da WrestleMania 23 estava lesionado.


Shawn Michaels faz a sua entrada ao ringue com a música dos DX. A meu ver, foi uma má decisão da WWE não deixar o HBK entrar com a Sexy Boy. Ainda assim, é compreensível, visto que os D-Generation X ainda vendem muita Merchandise. O campeão, por sua vez, teve uma entrada fantástica, ao conduzir um Shelby Mustang até a rampa de entrada. Relembro que ano passado, em Chicago, Cena teve uma entrada semelhante no combate frente a Triple H. Um dos motoristas do carro de Cena na edição de 2006 foi CM Punk, que actualmente brilha na ECW. Antes do início do combate, um fã invadiu o ringue, mas foi rapidamente retirado pela segurança.

O combate inicia-se com muita psicologia entre os dois, e assim manteve-se até ao final. HBK humilhou por várias vezes Cena com manobras de mat Wrestling muito mais precisas. Devo dizer que este combate despertou duas reacções em mim. Como grande fã do HBK, acreditava cegamente que Shawn Michaels conseguiria por fim ao reinado inabalável de Cena, vencendo este combate e tornando-se Campeão da WWE. Por isso, quando vi primeiramente o combate, sem saber os resultados, pareceu-me ser um combate bastante emocionante entre os dois. Contudo, ao vê-lo pela segunda vez, reparei que os momentos de acção propriamente dita, resumem-se a cerca de um terço da duração total do combate – 30 minutos. Isto tudo tornou o combate grande demais e maçador de ser assistido, quando visto pela segunda vez.

Mas a intenção do Wrestling é transmitir emoções na primeira vez, para as pessoas que estão a ver ou na Arena, ou em casa pela televisão, certo? Então posso dizer que foi um excelente combate, porque manteve-me colado ao ecrã, a vibrar, por meia hora. Ao analisa-lo pormenorizadamente, não passa de um combate mediano, com muita psicologia e pouca acção.

Sobre o resultado do combate, devo dizer que fiquei muito, muito decepcionado. Não só pelo facto de Shawn Michaels não ter conquistado o Campeonato da WWE, como pelo facto de já ver a mesma imagem há três anos.

Em 2005:


Em 2006:


E em 2007:


No geral, foi uma WrestleMania agradável de se ver, não tão boa como as de outrora, mas certamente o momento alto da WWE no ano. De esperar que para o ano a WrestleMania 24, que já tem lugar e data marcados - Citrus Bowl em Orlando, Florida, no dia 30 de Março de 2008 – seja melhor e com novas caras no Main Event. De realçar que o Citrus Bowl é um estádio aberto, possibilitando um espectaculo diferente do que estamos acostumados a ver. A última WrestleMania a realizar-se ao ar livre foi a WreslteMania IX, em 1993.