Blog Pro Wrestling Portugal: Welcome to WrestleMania! - Parte 2



Welcome to WrestleMania! - Parte 2

Depois do pior combate da edição de 2007 da WrestleMania, seguiu-se o combate surpresa da noite e sério candidato a melhor desta edição. Chris Benoit defendia o seu título contra Antonio Banks, mais conhecido por Montel Vontavious Porter, o MVP.


A rivalidade entre estes dois começou algumas semanas antes da WrestleMania. MVP fazia já algum sucesso na SmackDown!, tendo participado em combates importantes e derrotado alguns nomes fortes da marca. Já era mais do que altura para ter uma oportunidade pelo Titulo secundário.

E assim foi, marcou-se este combate entre o veterano Benoit, campeão desde Outubro de 2006 quando derrotou Mr. Kennedy em uma SmackDown!, e Montel Vontavious Porter. MVP preparou muito bem o combate nas SmackDown! que precederam a WrestleMania, dizendo por várias vezes que era digno do Título, tendo para isso derrotado vários “campeões nacionais” de países verdadeiramente pouco conhecidos. Se, a partida, não gostei muito de saber que o adversário do Rabid Wolverine na WrestleMania seria MVP, com o passar do tempo e com a preparação para o combate, não podia ter gostado mais da escolha.

MVP ganhou neste combate o meu respeito e atenção e certamente o de muitos outros fãs por todo o mundo. MVP bateu-se muito bem contra Benoit, protagonizando bons momentos de wrestling técnico e de mat wrestling, algo que não é habitual ver na WWE. Seria de esperar ver a vitória de MVP de modo a “libertar” Benoit do Título dos Estados Unidos, para este aspirar a voos mais altos, mas assim não foi.


Aos 9 minutos de combate, Benoit aplica um Diving Headbutt e vence o combate por pinfall, mantendo o Título em seu poder. A feud com MVP continuou e já proporcionou mais alguns bons combates aos fãs. Para finalizar, nota positiva para a entrada de MVP neste combate.

De seguida, tivemos a apresentação ao público que enchia o Ford Field dos nomeados deste ano do Hall of Fame da WWE. Jim Ross, Jerry "The King" Lawler, Nick Bockwinkel, Mr. Fuji, "The American Dream" Dusty Rhodes e os The Wild Samoans foram os nomes deste ano. The Sheik foi representado pela sua mulher, Joyce Farhat, e Curt Hennig foi representado pela sua mulher, Leonice, e pelo seu pai, Larry Hennig. Este foi também o momento em que os fãs tiveram a oportunidade de ouvir a voz do lendário Howard Finkel, o inventor do nome WrestleMania.

Seguiu-se um dos Main Events da noite, apesar da posição no evento (terceiro combate). Batista defendia o seu World Heavyweight Championship frente ao Undertaker. Undertaker venceu a Royal Rumble de 2007, o que lhe deu oportunidade de combater por um Título Mundial. Undertaker ainda andou “às voltas” por algumas semanas até anunciar que queria combater contra Batista, o que até proporcionou momentos bastante interessantes.


Assim que ‘Taker anunciou que lutaria contra o Animal na WrestleMania, esta rivalidade perdeu grande interesse. Batista, a meu ver, não tem capacidade suficiente para ter uma boa feud contra uma figura como o Undertaker, que a partida é mais do que favorito para a vitória no combate. Undertaker tinha, a entrada para esta WrestleMania, uma streak de 14 vitórias na WrestleMania, sendo imbatível no evento desde a sua estreia. Batista por sua vez, era um campeão em final de reinado, e todos já sabiam que a WrestleMania seria o fim da linha.

Apesar da fraca Stroyline a volta deste combate, o combate em si foi bastante bom e emocionante, principalmente na sua parte final, onde os wrestlers trocaram finishers, até que Undertaker consegue apliar o seu mortifero Tombstone Piledriver após 15 minutos de combate, aumentando para 15 a sua streak, mantendo a invencibilidade e conquistando mais um campeonato mundial.


Pouco mais há a dizer sobre este combate. A entrada de Undertaker foi simplesmente magnifica, como habitual. O público de Detroit foi ao rubro quando o Dead Man ergueu o World Heavyweight Championship. A prestação de Batista durante o combate foi boa, tendo proporcionado alguns bons spots na zona das mesas. Um dos melhores combates da sua carreira.

O próximo combate era o combate que representava a ECW nesta WrestleMania. Um dos marcos da “temporada” de 2006/2007 foi o “renascimento” da ECW, e como tal, nada melhor do que um combate na WrestleMania para marcar tal feito na história. Daqui há muitos, muitos anos, se por acaso voltarem a ver as WrestleManias, terão a oportunidade de ver que foi na edição de 2007 que deu-se o primeiro combate ECW em uma WrestleMania. É isto que é importante numa WrestleMania, tudo o que é feito, jamais será esquecido, sempre será recordado e tido como referencia máxima.

A feud entre os ECW Originals e os New Breed começou há alguns meses antes da WrestleMania, e este combate teve como objectivo decidir de uma vez por todas, qual das equipas é a melhor em ringue – Os veteranos da ECW, que estiveram na versão original da marca, ou os WWECW, formalmente conhecidos como New Breed.


Devo dizer que podia apostar que a vitória neste combate seria para os New Breed, com muita pena minha, pois nenhum dos membros da Stable me chama a atenção. Felizmente a equipa criativa da WWE decidiu atribuir a vitória aos veteranos - Tommy Dreamer, Sabu, Sandman e Rob Van Dam que conseguiraram derrotar Elijah Burke, Marcus Cor Von, Matt Striker e Kevin Thorn neste combate curto e algo confuso, através de pinfall de Rob Van Dam sobre Matt Striker, após um Five-Star Frog Splash.

Este facilmente seria o combate mais fraco da noite, não tivéssemos tido antes do Main Event o combate pelo Título Feminino entre a talentosa campeão, Melina, e a apenas bonita, Ashley... Sobre este combate falarei mais tarde.

O sexto combate da noite foi aquele que, a meu ver, foi o grande combate desta edição da WrestleMania. Uma feud construida de maneira soberba, que não se limitou ao mundo do wrestling, e não re-editou nada do passado, mas sim criou algo nunca antes feito.

Mr. McMahon e Donald Trump eram os bilionários nesta batalha entre bilionários. Foi esse o pretexto usado para a criação da rivalidade, o dinheiro. Muitas coisas passaram-se desde o iniciar da feud, desde Donald Trump ter feito “chover dinheiro” em uma edição do RAW, passando pelo anúncio de que haveria um combate envolvendo os dois na WrestleMania, combate esse que seria um Hair vs. Hair, o que apimentou ainda mais as coisas, e elevou este a grande combate WrestleMania do ano.

Para o combate, os bilionários viram-se obrigados a escolher representantes para o combate da WrestleMania. Trump escolheu o então Campeão da ECW, Bobby Lashley. Mr. McMahon por sua vez, escolheu Umaga, que encontrava-se com um estatuto de imbatível no RAW. As escolhas para este combate certamente não foram as melhores. Todos sabemos que Lashley não é dotado de grande técnica e tinha, pela altura, o Título da ECW em seu poder, que podia ter sido defendido em Detroit. Já Umaga, havia saido de uma pequena feud com Cena, e até pode vir a ser capaz de fazer bons combates, mas não com um adversário como Lashley.

“Stone Cold” Steve Austin foi adicionado ao combate algumas semanas antes, com o cargo de árbitro especial. Esta adição veio de igual forma acrescentar ainda mais emoção a esta disputa, e acabou por encobrir, de certo modo, as dificuldades dos wrestlers escolhidos em lidar com uma feud como esta. Steve Austin nas semanas antes da WrestleMania esteve bastante participativo na WWE, e a sua presença em todos os programas semanais da federação tornou-se habitual. O que também havia se tornado habitual eram as provocações constantes entre McMahon e Trump, tendo os bilionários envolvido-se em grandes momentos de wrestling. Destaco a noite em que Mr. McMahon revelou como ficaria Trump caso esse ficasse careca, e também as entrevistas feitas a estrelas de Hollywood sobre quem seria o vencedor do combate.

Acabado o período de preparação do combate, era altura de WrestleMania, e consequentemente de Umaga e Lashley entrarem em ringue para decidirem qual dos milionários iria sair de Detroit sem cabelo. O combate em si, foi razoável, como já seria de esperar. Lashley e Umaga não foram capazes de lidar com a pressão de combater em um combate desta envergadura para mais de 80 mil pessoas, e deixaram-se ficar pelo rótulo de combate mediano. Ainda assim, esta disputa teve momentos bastante bons, destacando-se as intervenções de Austin, a interferência de Shane e o seu ataque sobre Lashley, que ainda assim não foi capaz de dar à Umaga a vitória, visto que o Samoano envolveu-se com Stone Cold e acabou por levar com um Stunner, que custou-lhe o combate.

Já depois do termino do combate, tivemos um dos momentos WrestleMania do ano. Lashley e Trump comemoravam a vitória em ringue, enquanto Mr. McMahon tentava abandonar a arena, contudo, rapidamente foi impedido e trazido até ao ringue, onde cumpriu-se aquilo que foi previamente estipulado. O resultado foi o seguinte:


Já depois disso, Stone Cold aplica um Stunner em Trump (muito mal aplicado, diga-se...)

Tal como no ano passado tivemos um combate entre Torrie Wilson e Candice Michelle entre os Main Events, este ano também tivemos um combate feminino com um grau de importância mais elevado. Tratava-se da defesa do Título Feminino da WWE por parte de frente a Ashley Massaro.

Ashley havia sido capa da Playboy em Abril. Por este facto, a WWE resolveu fazer um combate entre as duas, pelo Título Feminino. A preparação deste combate foi bastante fraca, já não bastando o facto de Ashley ter conseguído a Title Shot do nada, ou seja, não dando provas em ringue que merecia tal oportunidade, como também houveram durante a feud momentos fracamente fracos. Este combate teve a particularidade de ser um combate Lumerjill, ou seja, contou com a presença de todas as Divas do roster ao lado do ringue. Não só foi uma força de dar espaço a todas no card, como também de agradar o público de Detroit, enquanto aguardavam ansiosamente pelo Main Event da noite.


Apesar das boas intenções da WWE, o combate ficou por isto mesmo, visto que apesar de apenas ter durado 3 minutos, foram facilmente os piores minutos desta edição, em termos de Wrestling no ringue. A vitória pertenceu à campeão que manteve o seu Título, como seria de esperar. Tenho pena da Melina, merecia uma melhor adversária como recompensa por todo o trabalho que tem feito na WWE, desde a sua estreia.

Terminado o combate pelo Título Feminino, chegou a altura do momento mais esperado dos últimos meses e consequentemente o momento mais esperado da noite! John Cena, o campeão da WWE, defende o seu Título frente ao Heartbreak Kid Shawn Michaels. Esta feud iniciou-se após a Royal Rumble, quando Shawn Michaels ficou colocado em segundo lugar no Royal Rumble Match. Devido a esse factor, e a juntar a lesão de Triple H, permitiram ao HBK um lugar no Main Event desta edição da WrestleMania.

John Cena é praticamente Campeão desde a WrestleMania 21, em 2005. Digo praticamente, porque teve algumas interrupções pelo caminho, nomeadamente perdendo o título para Edge (por duas vezes) e para Rob Van Dam. Shawn Michaels, por sua vez, faz parte dos renascidos D-Genereation X, juntamente com Triple H, que por altura da WrestleMania 23 estava lesionado.


Shawn Michaels faz a sua entrada ao ringue com a música dos DX. A meu ver, foi uma má decisão da WWE não deixar o HBK entrar com a Sexy Boy. Ainda assim, é compreensível, visto que os D-Generation X ainda vendem muita Merchandise. O campeão, por sua vez, teve uma entrada fantástica, ao conduzir um Shelby Mustang até a rampa de entrada. Relembro que ano passado, em Chicago, Cena teve uma entrada semelhante no combate frente a Triple H. Um dos motoristas do carro de Cena na edição de 2006 foi CM Punk, que actualmente brilha na ECW. Antes do início do combate, um fã invadiu o ringue, mas foi rapidamente retirado pela segurança.

O combate inicia-se com muita psicologia entre os dois, e assim manteve-se até ao final. HBK humilhou por várias vezes Cena com manobras de mat Wrestling muito mais precisas. Devo dizer que este combate despertou duas reacções em mim. Como grande fã do HBK, acreditava cegamente que Shawn Michaels conseguiria por fim ao reinado inabalável de Cena, vencendo este combate e tornando-se Campeão da WWE. Por isso, quando vi primeiramente o combate, sem saber os resultados, pareceu-me ser um combate bastante emocionante entre os dois. Contudo, ao vê-lo pela segunda vez, reparei que os momentos de acção propriamente dita, resumem-se a cerca de um terço da duração total do combate – 30 minutos. Isto tudo tornou o combate grande demais e maçador de ser assistido, quando visto pela segunda vez.

Mas a intenção do Wrestling é transmitir emoções na primeira vez, para as pessoas que estão a ver ou na Arena, ou em casa pela televisão, certo? Então posso dizer que foi um excelente combate, porque manteve-me colado ao ecrã, a vibrar, por meia hora. Ao analisa-lo pormenorizadamente, não passa de um combate mediano, com muita psicologia e pouca acção.

Sobre o resultado do combate, devo dizer que fiquei muito, muito decepcionado. Não só pelo facto de Shawn Michaels não ter conquistado o Campeonato da WWE, como pelo facto de já ver a mesma imagem há três anos.

Em 2005:


Em 2006:


E em 2007:


No geral, foi uma WrestleMania agradável de se ver, não tão boa como as de outrora, mas certamente o momento alto da WWE no ano. De esperar que para o ano a WrestleMania 24, que já tem lugar e data marcados - Citrus Bowl em Orlando, Florida, no dia 30 de Março de 2008 – seja melhor e com novas caras no Main Event. De realçar que o Citrus Bowl é um estádio aberto, possibilitando um espectaculo diferente do que estamos acostumados a ver. A última WrestleMania a realizar-se ao ar livre foi a WreslteMania IX, em 1993.

| Próximo Post »
| Próximo Post »
| Próximo Post »
| Próximo Post »
| Próximo Post »
| Próximo Post »
| Próximo Post »
| Próximo Post »
| Próximo Post »

0 Comentários:

Enviar um comentário