Mais PWG, yay
Nesse pequeno video, podem assistir exactamente ao porquê dos Young Bucks estarem a fazer nome na costa oeste, os 10 minutos finais do combate frente à equipa de Joey Ryan e Scott Lost.
Noutras noticias, nas opiniões que vejo regularmente, aparecem sempre frases do género "o wrestling é isto" "isso não é wrestling", bla bla bla. E custa-me um bocado ver quem ache que existe um modelo de wrestling, ou que o wrestling é só work the crowd, o heel a dominar o babyface à maneira old school para o babyface fazer o seu comeback histórico, ou que nada disso interessa, e que o que rula são os spots marados, ou que o que rula é o wrestling técnico, ou o que rula é o hardcore, etc.
Eu acho que tudo isso vale, e que o importante é conseguir num show que cada coisa seja diferente e tenha a sua identidade. Os grandes shows são os shows em que no fim, os fãs reconhecem cada segmento pela sua originalidade. E isso é que é o wrestling, é não haver overkill, o que na minha opinião é o grande problema da ROH neste momento, era o problema da TNA (que nos PPVs que eu via, o primeiro spotfest era engraçado, o segundo também, o terceiro começa a ser meh, e daí até ao main event com o Jarrett era same old shit). É irritante ver um show que é só heel vs face com workout básico do público, é igualmente irritante ver um show que são só spotfests, como se torna aborrecido ver 10 clássicos técnicos no mesmo evento.
O conceito de não massacrar o público é posto em prática pela PWG quando esta promoção já aqui por mim elogiada consegue fazer shows com 6/7 combates, fazendo fluir a acção. No fundo, ao contrário de shows da ROH em que se sai cansado de um show visto, quando se vê um dos pequenos/médios eventos da PWG sai-se a querer ver mais PWG. (Apesar de gostar dos shows pequenos, também adoro as maratonas da IWA-MS com shows que vão para lá das 4 horas, mas isso é outra coisa, bookada de forma diferente. Esses shows são um mundo!)
Agora, vejamos 2 combates do show que a PWG fez em França, os 2 combates principais pelos títulos da companhia. Primeiro, Kevin Steen e El Generico defendem contra a lendária equipa de Davey Richards e Super Dragon. Isto quando Super Dragon está semi-retirado e pouco ressla, faz com que seja um dos poucos combates em que o podem ver a bom nivel:
E o main event, Danielson continua a enfrentar os seus rivais clássicos ao defrontar Austin Aries. "meh, eles não lutaram na ROH já umas 15 vezes?" Sim, mas o Danielson é o unico gajo disponivel que permite que o Aries mostre o quão bom pode ser. O Aries é um grande tecnicista, mas ao contrário do Danielson, não usa o tecnicismo para mostrar a sua superioridade perante os adversários, dominando-os com diversas holds. Isso é a gimmick do Dragon "Best in the World", que faz com que os combates dele acabem muitas vezes por ser um showboat das suas habilidades (embora tenha o grande mérito de conseguir que o público fique do seu lado ao vender o esforço com que aplica as manobras, factor decisivo para que Danielson seja de facto um dos melhores de sempre e não simplesmente um rapaz com alguma técnica). O Aries é um gajo explosivo, que raramente tem oportunidade de mostrar este seu lado mais tecnicista. Mesmo que este combate já tenha sido feito várias vezes desde 2004, o público francês ajuda-o aqui, ao não cantar canticos palermas como "This is wrestling!" ou "this is awesome":
E para terminar, e principalmente porque não tenho tempo e vou ter me ausentar, a grande feud da PWG, a história clássica do Heroi com Chris Hero a salvar Candace Lerae de Human Tornado. Agora, está na altura de eliminar o vilão para sempre, para isso, cada um deles trará um parceiro, é um mistery partner tag team match, e é um segmento tremendo para uma grande história:
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