APW Impacto Total - Reflexões e Irreflexões - O Wrestling português
Quem, de entre os fãs de Wrestling, nunca imaginou como seria estar-se num ringue a actuar para milhares de pessoas? Quem nunca se criou como personagem num jogo de Wrestling, visualizou como seria, delineaou mentalmente a sua personagem ou deu a si mesmo um cognome intimidatório?
Foi no Impacto Total que tive a minha introdução ao Wrestling português. Reflecti muito antes de emitir a minha opinião, porque por um lado achava que teria de ser duro, e por outro lado porque quero ser compreensivo, e entender que só somos tão bons quanto exigem de nós, e quanto nos dão condições para ser bom. E porque entendo o chamamento do ringue para os fãs.
Tenho de ser sincero. O combate de eliminação não me agradou nada. Antes de mais, este tipo de combate não favorece nada a promoção dos intervenientes, porque é sempre inevitavelmente confuso (até na WWE). E acredito que tenham estado todos nervosos por partilharem o ringue vedetas da TNA. Entendo tudo isso, e acho que tendo isso em conta os nossos portugueses até estiveram muito bem mesmo. Conseguiram ser convincentes, e mostraram que temos condições para apresentar uma boa federação portuguesa que, mesmo sem poder ser profissional, pode ter uma abordagem profissional do Wrestling.
Sei também que provavelmente em Portugal as condições para aprender não são as melhores, pelo que por certo aqueles nove homens tiveram grandes dificuldades para se impor, e merecem os nossos parabéns e o nosso aplauso. E a organização igualmente pela oportunidade que lhes deu.
Se tudo isto é assim, então que foi que me deixou a contorcer no lugar? O que me desgostou profundamente foram as personagens escolhidas. Quase metade tinham personagens pseudo-góticas. Não entendo esta obsessão com personagens de Wrestling góticas, mas nem sequer se trata disso. Trata-se de absoluta falta de originalidade. O antigo campeão... Enfim, digamos que algo me fez saltar, tal como à pessoa ao meu lado, e gritar "Undertaker". E não fica por aqui. O novo campeão, e que me perdoe se ler isto, fazem lembrar muito Raven. A saia escocesa e o sentar no canto não enganam ninguém. E depois a utilização constante e exaustiva de nomes em língua inglesa que não são mais que clichés também não é o mais interessante.
Salva-se um tal "Toni" que tanto quanto entendi usa a personagem de um cantor pimba heel. Gost-se ou não se goste, a verdade é que estava bastante conseguido, e que foi exactamente o que creio que todos deveriam tentar fazer: se isto é Wrestling português, ou pelo menos europeu, sejam originais e não copiem formatos profissionais americanos já muito batidos. Eles são óptimos, e todos nós os adoramos, mas não é copiando personagens que se vai chegar a lado nenhum, como se viu pela reacção do público. E se queremos, como estou certo que todos gostaríamos de ver, uma federação portuguesa com alguma projecção mediática, temos de fazer melhor do que aquilo que mostraram no Campo Pequeno. E se esse é o objectivo, então agora é o momento.
Foi no Impacto Total que tive a minha introdução ao Wrestling português. Reflecti muito antes de emitir a minha opinião, porque por um lado achava que teria de ser duro, e por outro lado porque quero ser compreensivo, e entender que só somos tão bons quanto exigem de nós, e quanto nos dão condições para ser bom. E porque entendo o chamamento do ringue para os fãs.
Tenho de ser sincero. O combate de eliminação não me agradou nada. Antes de mais, este tipo de combate não favorece nada a promoção dos intervenientes, porque é sempre inevitavelmente confuso (até na WWE). E acredito que tenham estado todos nervosos por partilharem o ringue vedetas da TNA. Entendo tudo isso, e acho que tendo isso em conta os nossos portugueses até estiveram muito bem mesmo. Conseguiram ser convincentes, e mostraram que temos condições para apresentar uma boa federação portuguesa que, mesmo sem poder ser profissional, pode ter uma abordagem profissional do Wrestling.
Sei também que provavelmente em Portugal as condições para aprender não são as melhores, pelo que por certo aqueles nove homens tiveram grandes dificuldades para se impor, e merecem os nossos parabéns e o nosso aplauso. E a organização igualmente pela oportunidade que lhes deu.
Se tudo isto é assim, então que foi que me deixou a contorcer no lugar? O que me desgostou profundamente foram as personagens escolhidas. Quase metade tinham personagens pseudo-góticas. Não entendo esta obsessão com personagens de Wrestling góticas, mas nem sequer se trata disso. Trata-se de absoluta falta de originalidade. O antigo campeão... Enfim, digamos que algo me fez saltar, tal como à pessoa ao meu lado, e gritar "Undertaker". E não fica por aqui. O novo campeão, e que me perdoe se ler isto, fazem lembrar muito Raven. A saia escocesa e o sentar no canto não enganam ninguém. E depois a utilização constante e exaustiva de nomes em língua inglesa que não são mais que clichés também não é o mais interessante.
Salva-se um tal "Toni" que tanto quanto entendi usa a personagem de um cantor pimba heel. Gost-se ou não se goste, a verdade é que estava bastante conseguido, e que foi exactamente o que creio que todos deveriam tentar fazer: se isto é Wrestling português, ou pelo menos europeu, sejam originais e não copiem formatos profissionais americanos já muito batidos. Eles são óptimos, e todos nós os adoramos, mas não é copiando personagens que se vai chegar a lado nenhum, como se viu pela reacção do público. E se queremos, como estou certo que todos gostaríamos de ver, uma federação portuguesa com alguma projecção mediática, temos de fazer melhor do que aquilo que mostraram no Campo Pequeno. E se esse é o objectivo, então agora é o momento.
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