Thrusday Night's Main Event
Seja quem for que esteja a ler este artigo já ouviu falar dele. Seja um fã obcecado com wrestling ou apenas alguém que gosta de ver esporadicamente desportos de combate já ouviu da sua reputação. Sejas quem fores tu sabes quem ele é... o homem... perdão, a máquina que dá pelo nome de Goldberg.
Goldberg está para o Wrestling como Kobe Bryant está para o basquetebol: ou se gosta dele ou não se gosta, impossível é ficar-lhe indiferente. Muitos são aqueles que hoje em dia criticam o homem que alcunharam de “Da Man” mas muitos mais são aqueles que o querem de volta. Uma coisa não pode ser negada, a mixed reaction criada nos fãs de wrestling depois da sua “reforma” só vem confirmar o facto de que Bill fez impacto com a sua passagem pelo desporto de entretenimento.

Enquanto existem muitos argumentos válidos por parte daqueles que não gostam de Bill Goldberg, porque é que nós (fãs de Goldberg) havemos de ficar calados enquanto ouvimos esses, volto a dizer, excelentes argumentos?
Um dos principais argumentos é o “cardápio” de movimentos de Bill Goldberg. Realmente aqui tenho que dar o braço a torcer, o leque de movimentos de Bill, principalmente na WCW, era muito reduzido. Chegava-se a um ponto em que única coisa que queríamos ver era o número de vitórias de Goldberg a aumentar, Spear, Jackhammer e já está!!! O que interessava ali já não era a falta de técnica de Goldberg que agora tanto vem à baila quando se fala de John Cena. O impacto que Goldberg teve junto dos fãs foi se calhar maior daquele que o campeão da WWE teve e nunca nenhum fã foi capaz de criticar Goldberg enquanto este se manteve com um registo limpo de derrotas. Aquando do seu rumo à WWE, deva-se também admitir que, mesmo mal feitos por vezes, Goldberg tinha adquirido novos movimentos, especialmente movimentos de submissão.
De seguida, os acusadores de Bill Goldberg falam do seu estilo bruto e nunca bonito de se ver. Aí eu digo: “Pois é, têm razão… mas essa era a gimmick dele…”. A gimmick construída por Eric Bischoff era a de um guerreiro, a de um lutador fervoroso, a de um homem capaz de derrubar tudo e todos quando tinha um objectivo em mente. É claro que um bom combate de wrestling não pode girar o tempo todo à volta de apenas um dos seus participantes, há que ter pontos altos e pontos baixos nas performances de cada um dos wrestlers. Com Goldberg nunca acontecia, ela parecia indestrutível e a sua primeira derrota só aconteceu com a pistola atordoadora. Ele era um touro enraivecido, um homem que não se importava com o seu adversário e queria resolver o assunto dentro do ringue o mais rápido possível. Ainda há volta das suas performances, no que toca à credibilidade de movimentos, Goldberg pode mesmo ter sido um dos melhores “actores” da WCW e WWE. Pensem nisto: Quando viam um combate dele, não acreditavam mesmo que aquilo doía? Aqueles Spears, aqueles Powerslams?
Uma das coisas em que tenho que concordar plenamente é a falta de mic skills. Desde o seu começo na WCW até que deixou a WWE, Goldberg melhorou muito… mas mesmo assim continuava a não ser muito bom ao microfone. Penso que esta era a grande falha para agradar a muitos dos seus críticos. Tal como muitos devem saber, por vezes os wrestlers são campeões não devido ao seu talento mas sim devido ao impacto que conseguem criar no público através das palavras. Exemplos disso são:
JBL – Campeão da WWE (maior reinado dos últimos dez anos)
John Cena – Campeão da WWE (7 meses de reinado)
Por último, trago à baila a discussão que agora está tanto em voga: a técnica. É claro que em comparação com Kurt Angle, Goldberg é um puto de 10 anos a brincar na escola mas porque será que não ouço as criticas que fazem a Goldberg dirigidas a... Dave Batista por exemplo? Ambos têm o mesmo estilo, são Power-Houses, são lutadores que pelo seu tamanho e força não se dedicam tanto ao treino da técnica. Claro que aí podíamos começar a falar de Brock Lesnar mas isso teria de ficar para outra altura.
Para finalizar, não se preocupem que eu não me vou pôr aqui a escrever que Goldberg é “o melhor wrestler de sempre”... até eu tenho dois dedos de esta... mas o impacto que ele fez no wrestling profissional não pode ser ignorado. Todos têm direito a fazer criticas, e penso que não existe nenhum wrestler que delas fique isento... talvez Kurt Angle ou Bret Hart, mas isto também vai ter de ficar para outra altura.
E diga-se de passagem que todos preferíamos que ele voltasse ao wrestling em vez de continuar a fazer filmes… estamos todos de acordo neste ponto?





2 Comentários:
E diga-se de passagem que todos preferíamos que ele voltasse ao wrestling em vez de continuar a fazer filmes… estamos todos de acordo neste ponto?
Eu estou, gostaria de o ver lutar nos ringues da TNA num futuro próximo (O Bound For Glory vem aí, nunca se sabe...)
Mais um grande artigo por parte do Bruno Santos. Parabéns.
Quanto a essa questão é provável, uma vez que a carreira de Sting na TNA parece acabar lá...
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