Blog Pro Wrestling Portugal: Entrevista a Colt Cabana



Entrevista a Colt Cabana


É com grande prazer anunciamos a grande surpresa para este dia de aniversário: a entrevista a Colt Cabana, lutador independente, mais conhecido pelas suas presenças na Ring of Honor. Passemos então à entrevista.

PWP: Antes de mais, passemos a apresentar o nosso convidado, de seu nome Colt Cabana, pro wrestler.

Sê bem-vindo, Colt, e obrigado pelo tempo dispendido para responderes às nossas questões.

Passando então à entrevista propriamente dita, e discutindo o teu background, treinaste com alguns dos melhores lutadores independentes que há. Que impacto julgas que esse facto teve na tua carreira?

Colt Cabana (CC): Na altura do início do meu treino, os meus treinadores – Ace Steel e Danny Dominion – eram dois dos lutadores de topo do Midwest. Isso ajudou imenso, não só em termos de treino propriamente dito, mas também em relação ao que é necessário para se ter sucesso no circuito independente. Acho que todos os lutadores que treinaram com eles também aprenderam essas lições.

PWP: Tal como referiste acima, assim como o CM Punk, foste treinado pelo Ace Steel. Ficaste traumatizado pela experiência?

CC: É um esquisitóide. Traumatizado, não. O Ace e o Danny deram-me grandes lições que me marcarão para o resto da vida. Os dois deram-me a oportunidade de entrar neste mundo que adoro. Tudo o que tenho a fazer é agradecer-lhes.

PWP: Trabalhando no circuito independente, tens o privilégio de ver de perto algumas das maiores promessas do pro wrestling. Quais achas que se estão a destacar e que podem ter um grande futuro à sua frente?

CC: Acredito piamente que Delirious, Matt Sydal e Claudio Castagnoli têm um grande futuro à sua frente. Egotistico Fantástico e Karl Anderson também são lutadores a não perder de vista.

PWP: O teu feud com Homicide foi qualquer coisa para recordar e parece ser aquele que as pessoas preferem na tua carreira. É também o teu favorito?

CC: Foi o feud mais duro em que já estive. O Homicide tinha algo a provar, mas eu senti que tinha ainda mais a provar do que ele. No final, sinto que não só ganhei o respeito dele como também de todos os críticos.

PWP: Visto tu e CM Punk terem um background muito semelhante, como vês o sucesso dele na WWE?

CC: Podia ter previsto isso há 7 anos. Estou contentíssimo por ele e isto ainda não é nada, comparado com o que vão ver dentro de 5 anos.

PWP: Tens apenas 26 anos, mas já ganhaste numerosos títulos principais em várias promoções independentes. No entanto, tens alguma sensação de não estares abaixo do teu melhor por não estares nem na WWE nem na TNA? És capaz de te ver a lutar lá no futuro?

CC: De modo nenhum sinto que esteja abaixo do meu melhor. É tudo uma questão de perspectiva. A minha carreira tem sido tudo menos insucesso. Já fiz imensas digressões pela Europa e pelo Japão. Tenho também sido capaz de juntar dinheiro enquanto faço o meu trabalho de sonho. Para juntar a isto, luto na única promoção em toda a América que deixa os seus lutadores lutar. Que Deus abençoe a ROH.

PWP: Tens visto a WWE ou a TNA recentemente? Que pensas delas e como as comparas com a ROH?

CC: Recentemente instalei televisão por cabo e tenho conseguido ver alguns dos programas. Não posso mandá-los abaixo, porque é sempre bom ver pro wrestling na TV. No entanto, só consigo imaginar as capacidades que a ROH teria se nos dessem uma hora em televisão com exposição nacional.

PWP: Durante a tua carreira demonstraste-te muito capaz em vários estilos de wrestling, o estilo europeu, a tua famosa comédia, e mais recentemente mostraste-te também um bom brawler e capaz de ir ao hardcore. No entanto, por vezes os teus combates ficaram marcados por alguma dificuldade em conjugar todos estes estilos. Concordas? Sentes-te neste momento mais capaz de conjugar estes estilos?

CC: Não concordo de modo nenhum. Na realidade, acho que tenho um estilo bastante híbrido de todas as maneiras que refere. Não tento pôr um conjunto de estilos num combate, simplesmente tento divertir-me e aproveitar o meu tempo a praticar wrestling.

PWP: Foi engraçado ver-te na RAW a lutar como Chris Guy. Por que razão Ace Steel usou o teu nome verdadeiro para lutar na WWE e porque decidiste fazer o oposto recentemente?

CC: Não fui eu. Foi um tipo qualquer chamado Chris Guy. Portou-se bem, apesar da derrota.

PWP: O que consideras mais difícil: fazer bumps monumentais ou manter combate tecnicamente coerente durante 20 ou 30 minutos?

CC: Ambos são difíceis. O pro wrestling não é fácil. Exige muito de nós, tanto mental como fisicamente.

PWP: Que te inspirou a seres um pro wrestler? Foi um combate, um lutador, uma personagem, um programa de TV, um evento a que assististe…?

CC: Foi tudo à volta dele. Eu considerava-me um grande atleta enquanto era novo. Pratiquei todos os desportos, mas sempre considerei o pro wrestling como o derradeiro desporto. É simplesmente aquilo que sempre quis fazer da minha vida.

PWP: Recentemente, a WWE aboliu das suas transmissões os termos belt e strap porque, supostamente, eram referência ao wrestling old-school e a companhia quer-se afastar disso. Concordas com isto? Devem as organizações de wrestling cortar radicalmente com a velha guarda? Não existe uma lição a retirar do passado? Não há nada de bom em relação a ele?

CC: É a primeira vez que ouço isso. Adoro os valores do wrestling old-school. Compreendo que por vezes seja necessário acompanhar o tempo e avançar, mas acredito plenamente que nunca nos podemos esquecermos de onde viemos e daqueles que vieram antes de nós.

PWP: Se pudesses ter um combate contra um adversário contra quem nunca lutaste, quem gostarias que fosse?

CC: Gostava de lutar contra Les Kellet ou Vic Faulkner. Infelizmente, Les já faleceu e Faulkner está há muito reformado.

PWP: Qual é o teu principal objectivo no pro wrestling?

CC: Desejo um dia ter filhos e uma família. Desejo dar a ambos uma grande qualidade de vida com o dinheiro que ganhei no pro wrestling.

PWP: Por que desejas ser lembrado neste desporto?

CC: Desejo ser lembrado como o tipo de que todos se lembravam quando iam de regresso a casa após o show. Tudo o que quero é manter tudo e todos bem-dispostos e, de preferência, ter uma influência positiva nos miúdos que crescem a ver wrestling.

PWP: Na ROH, tinhas um pequeno segmento chamado “Good Times, Great Memories”. Como surgiu a ideia? Até que ponto tinhas liberdade criativa sobre ele?

CC: Eu e Gabe Sapolsky chegámos a acordo para eu ter um talk-show lamechas. O nome veio da minha cabeça, uma referência a algo que eu costumava dizer com os meus amigos. Gabe sempre me deu total liberdade criativa em todo ele. Ele dizia-me quem eram os convidados e se era preciso pôr alguma coisa over. A partir daí, era a minha plataforma.

PWP: Qual foi o teu segredo para conquistares a Lacey quando ela não parecia interessada em nenhum homem? Achas que isso vai ajudar a tua carreira? Tens medo do Jimmy Jacobs?

CC: Ela não me largava. Eu julgava que ela estava com o Jimmy, mas ela garantiu-me que não. Então mandei-me a ela. Eu achava-a boa e ela queria tanto meter-se comigo que era impossível de controlar. Então, avancei.

PWP: Apesar de teres tido muitos combates memoráveis e teres tido vários títulos, os fãs de wrestling querem sempre mais. O que nos reserva Colt Cabana para o futuro?

CC: Isso gostava eu de saber...

PWP: Colt, obrigadíssimo pela entrevista e boa sorte para o teu trabalho.

CC: Obrigado. Ah, e parabéns pelo segundo aniversário!


A equipa do Blog Pro Wrestling Portugal gostaria de agradecer ao Ricardo Loja pela ajuda a elaborar as questões.
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2 Comentários:

Em segunda-feira, 09 outubro, 2006, Blogger Gandhy disse...

Parabens pessoal.

Manter um blog por dois anos não é facil, implica muito tempo e dedicação, mas vocês conseguiram-no e ainda por cima, com imenso sucesso, sempre na crista da onda, sempre com excelente conteudo.

Aqui está o exemplo de um blog sobrio e leve, que apenas necessita de conteudo e de uma boa escrita para se manter como uma referência.

A entrevista ao Cabana, foi uma excelente surpresa.

Fiquem bem e continuem com toda a força.

 
Em quarta-feira, 11 outubro, 2006, Anonymous Anónimo disse...

Kastro, dois conselhos:

1 - Aprende a escrever direito.

2 - Não fales do que não sabes. Podia até apresentar aqui provas, mas a imaturidade do teu comentário faz com que eu nem me dê a esse trabalho.

 

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