Blog Pro Wrestling Portugal: TNA Against All Odds 2007



TNA Against All Odds 2007


O Against All Odds inicia-se com o combate entre os LAX e os Team 3D. Este combate tinha a particularidade de ser um Little Italy Street Fight. Antes de ver o Pay-Per-View julgava que este seria apenas uma Street Fight normal com um prefixo à frente, e que os Títulos dos LAX estariam em jogo. Pois bem, enganei-me duplamente. Não era uma simples Street Fight, porque contava com o cenário "a rigor": Haviam mesas decoradas no ringue e nem as cabines de dançarinas faltaram. Os títulos não eram disputados aqui, afastado-se do que havia pensado. A primeira reacção negativa (de muitas) que tive ao ver o PPV foi ver que este seria o openner (se excluirmos o combate do Pre-Show), mas no final de ver o PPV na sua totalidade, confesso que até nem foi uma má estratégia colocar este combate algo HardCore a abrir, pois todo o PPV foi centrado nessa temática, e raro foi o combate que não tinha armas em jogo.

Sobre o combate, foi bom e contou com vários spots interessantes. Destaque para a cadeirada de Brother Devon à Hernandez, quando este tentava um Suicide Dive por cima da Top Rope, e o uso de um cortador de Pizza e de um ralador de queijo, por parte de Homicide e Brother Ray, respectivamente. Ainda houve tempo para a intervenção de cerca de 5 homens, que alegadamente fariam parte da "Latino Nation", dos LAX. De facto a invasão teve um papel crucial no combate, pois permitiu a vitória dos LAX através de um Border Toss aplicado por Hernandez à Brother Devon.

A vitória dos LAX deixa-me um pouco hesitante. Penso que a TNA cria reinados pelos títulos de equipas muito longos. Os LAX já são campeões há vários meses. Não quero com isso dizer que o título deveria mudar de mãos todos os meses, mas com tanto talento na divisão de Tag Team, há que saber gerir o ouro. E diga-se de passagem, um reinado dos Team 3D já é mais do que merecido. O facto é que os LAX venceram e que agora um próximo Title Shot por parte dos Team 3D fica ameaçado... Ou então não. Veremos o que irá acontecer nos próximos iMPACT!s.

O segundo combate da noite foi entre Senshi e Austin Starr. Primeiramente devo dizer que é estranho para mim, e de certeza para todos que conhecem o trabalho do Austin fora da TNA vê-lo com esta gimmick em ringue. Não quero com isto dizer que a gimmick é má ou que não funciona, mas o foço entre o Austin Aries e o Austin Starr é enorme, quer a nível de atitude quer a nível dos próprios movimentos usados no ringue. Mérito do wrestler por conseguir dar num dia da semana um comportamento e noutro outro completamente diferente.

Até aqui tudo corria minimamente bem no Pay-Per-View, e este combate não teve nada a destacar. Tivemos um final um bocado não usual. Senshi e Autin Starr após uma série de manobras conseguem fazer um pinfall duplo, ou seja, os ombros dos dois lutadores estavam encostados no tapete na altura da contagem do árbitro. Só ficamos a saber que o vencedor era Senshi após ouvir a indicação do Ring Announcer. Austin Starr ainda pega no microfone e exige que o combate seja re-iniciado, contudo Bob Backlund aparece e expulsa Starr do ringue.

A seguir tivemos uma das piores decisões na história da TNA. Eu não sei o que anda na cabeça do(s) booker(s) para colocarem a Christy a lutar contra o "Big Fat Oily Guy". Previa que este seria um combate contra outra "KnockOut" (Sirelda, por exemplo) e que Kip James lá apareceria a meio e atacava Christy... Mas não. De facto, Kip James apareceu no final do combate para arrancar o top de Christy para agrado dos fãs na atendencia, mas não influenciou minimamente o combate, que consistia em despir o adversário para conseguir a vitória. Ainda assim Christy saiu com a vitória, despindo o adversário.

O Combate que se seguiu foi o que envolvia os jogadores de Baseball e Lance Hoyt. Não há muito a dizer sobre este, tal como disse na análise ao iMPACT!, não sou grande seguidor de baseball, logo não sou capaz de fazer uma análise muito profunda. Referir que a vitória pertenceu à equipa formada por Lance Hoyt e por David Eckestein, que para a conseguir aproveitou a ajuda do irmão de Eckestein que estava na assistência. Lance Hoyt efectuou o pinfall.

AJ Styles e Rhino combateram em um Motor City Chain Match. Para quem não sabe, as regras deste combate são as seguintes: os wreslters estão presos um ao outro através de correntes. As chaves para as correntes estão colocadas no topo de dois cantos do ringue. A vitória é conseguída por pinfall ou submissão. Na minha opinião, foi o combate da noite (apesar do Main Event também ter sido bastante agradável).

Quem não gostou do último combate entre estes dois tem aqui uma forma de se compensar. Rhino e AJ começaram o combate muito bem, com alguns segmentos com a corda que ligava os dois a ser utilizada participativamente no combate. O primeiro a conseguir se livrar das cordas foi AJ Styles. Um dos momentos principais não só do combate mas como também do Pay-Per-View foi quando Rhino, que estava então preso às cordas com a corrente, consegue aplicar um Gore à AJ Styles, que deixa assim a chave que tinha ao pescoço cair ao chão, contudo estava fora da área de alcance de Rhino. O árbitro Earl Hebner, como quem não quer a coisa, dá um pontapé intencional na chave para que esta pare junto de Rhino. Os canticos de "You Screwed AJ!" não tardaram depois disto.

A vitória pertenceu à AJ Styles, que consegue desviar de um eminente Gore de Rhino para cima de uma mesa, fazendo com que o War Machine vá de cabeça contra a dita mesa. Styles depois disso só teve que fazer o cover e vencer o combate por pinfall.

O primeiro combate da noite com um título em jogo foi o do X Division Championship entre o campeão, Chris Sabin e o adversário Jerry Lynn. Um combate que tinha tudo para ser muito bom, contudo não passou de uma promessa. Logo no inicio, Sabin evitava o contacto constante, saindo do ringue. Se por um lado isso fortifica a sua gimmick actual, por outro torna o combate bastante maçante, pois cada vez que parecia que ia começar, lá ia Sabin para fora do ringue por uns minutos. Tal como o púlbico de Orlando, eu estava a apoiar Lynn neste combate. É conhecida a intenção de Lynn de deixar os ringues, dedicando-se apenas aos bastidores, e um reinado com o título da X Division seria a chave de ouro para encerrar esta carreira cheia de sucessos. Não aconteceu desta vez, visto que o campeão, Sabin, conseguiu vencer o combate por rollup com pinfall apoiado nas cordas, após a tentativa de um Cradle Piledriver por parte de Lynn.

Durante todo o PPV foram exibidos sequências de vídeos em que Ms. Brooks estava num quarto de Hotel e tentava convencer Young a assinar um contrato. Esse contrato fazia com que Eric Young trabalhasse para Roode. Vídeo cortesia das Paparazzi Productions de Alex Shelley. Estes vídeos também fizeram com que a qualidade geral do PPV tenha sido baixa, pois foi dividido em 4 partes e colocado entre os combates. A seguir ao combate entre Sabin e Lynn, Robert Roode e Ms. Brooks vieram ao ringue apresentar ao público o novo membro da equipa de Roode, Eric Young. O segmento e a Storyline a meu ver foram e estão a ser muito mal pensados. Mas tal como na maior parte das coisas que estão menos bem na TNA neste momento, a culpa não é de quem desempenha, mas sim de quem as marca/projecta... De destacar as grandes Mic Skills que Roode demonstrou neste segmento, e nas suas capacidades de Heel. Para quem ainda tem dúvidas das potencialidades de Roode, veja este seguimento, e penso que em relação às Mic Skills não restarão dúvidas de que Roode poderá a ser o futuro da TNA.

O Prison Yard Match entre Sting e Abyss começou no exterior do iMPACT! Zone. As regras deste combate com vertente HardCore eram muito simples: Para se conseguir a vitória, deveria se trancar o adversário dentro de uma cela. Tal como havia referido na análise ao iMPACT! da semana passada, esta é a Feud que mais me desagrada na actualidade na TNA. Felizmente, penso que chegou ao fim neste combate, com a vitória de Sting. Sting não só conseguiu castigar tanto o Monstro, colocando-o por entre arame farpado, partindo uma mesa, ainda no exterior, com um splash, mas também conseguiu atacar James Mitchell várias vezes durante o combate, chegando a fazer o manager de Abyss sangrar da testa. Durante este combate tivemos oportunidade de ver vários ataques bastante interessantes. Para além dos acima referidos destaco o ataque de Abyss à Sting com uma luz vermelha colocada no canto do ringue e também um brutal Black Hole Slam no centro do ringue, a que Sting conseguiu "sobreviver".

Por fim, parece que esta Feud chegou acabou, e que não veremos James Mitchell (Abyss irá aparecer no próximo iMPACT!) nos iMPACT!s tão cedo. Sting agora fica sem alvo a vista, e poderá vir a se juntar à luta pelo Título Mundial da NWA.

Por falar no NWA World Heavyweight Championship, é chegada altura do Main Event. Christian Cage é o campeão e tem como ajudantes Tomko e Scott Steiner (que são logo mandados para os bastidores pelo árbitro, ainda antes do combate se iniciar). Kurt Angle venceu um combate contra Samoa Joe no último PPV para conseguir esta Title Shot. Joe esteve presente no combate, como Enforcer e durante o mesmo garantiu que o combate não sofria interferências.

Apesar de este ter sido um Main Event totalmente WWE, algo que na minha opinião não favorece a TNA, não posso deixar de referir que foi um combate muito bom, dividindo a posição de combate da noite com o Rhino vs. AJ Styles.

Com tanto pessoal envolvido neste combate, não podia deixar de haver uma interferência (neste caso até houveram várias), assim, contamos com um árbitro desmaiado no final do combate, para que Steiner, Tomko e até AJ Styles pudessem aparecer. Samoa Joe não teve nenhuns problemas em se livrar das interferências por meio físico, chegando até a acertar com uma cadeira na nuca de Steiner, causando um ferimento que apesar de aparentar ter sido grave, não passou de um susto, segundo as notícias que circulam no dia de hoje.

Perto do final do combate, Kurt Angle tinha Christian preso no Ankle Lock, mas o campeão da NWA aproveitou um cano metálico, que foi trazido ao ringue por Scott Steiner, para romper a manobra. Cage aplica então mais um Unprettier em Angle e vence o combate por pinfall. No final do combate Steiner, Tomko festejam a vitória, no ringue, com o ainda campeão da NWA, Christian Cage.

No geral, o Against All Odds foi um Pay-Per-View abaixo da média de qualidade que a TNA já nos habituou. Vários segmentos e pormenores menos conseguidos, a contrastar com apenas dois combates que merecem realmente o título de Bons Combates resultaram em uma combinação menos boa. O próprio Card a partida não era muito interessante, a falta de grandes progressões na história (exceptuando talvez o combate entre Abyss e Sting) também não ajudou. Assim, penso que a TNA precisa rever imediatamente a sua equipa de bookers, pois está num momento crucial da sua história: Ou dá o grande salto, ou então acabará por cair no esquecimento.
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