Blog Pro Wrestling Portugal: Thrusday Night's Main Event



Thrusday Night's Main Event

USA Network vs. Spike TV

Foi em Outubro de 2005 que o RAW voltou à USA Network. Foi aí que muitos disseram que era o regresso da Attitude ERA, os “bons velhos tempos” estavam de volta, a irreverência pela qual a companhia tinha sido pautada ao longo dos anos de ouro estava de volta. Época de Ouro!!?? QUÉ ISSO!!!!!!!!!!????????????

Nem todos se lembram da irreverência da WWE. Os bons tempos de Stone Cold Steve Austin e da lei do Middle Finger, os cânticos de “Let’s get ready to suck it…” dos D-X, a participação na WWE de lutadores muito polémicos como Mike Tyson, as promos de The Rock e os litros de sangue derramado pela Lenda do Hardcore Mick Foley. Mas de repente, tudo isto acabou. Formando uma analogia, a WWE deixou de ser uma menina mal-comportada e passou a ser uma senhora de 50 anos que só sai de casa para jogar bridge com as amigas.

O negócio tinha mudado. Deixámos de ter o Hardcore Wrestling e passámos a ter o X-Treme Wrestling. Acabaram os Combates Hardcore e vieram em força os Combate de Escada. Nem muita gente se queixou quando esta mudança aconteceu, sabem porquê? É como quando vocês têm fome e querem jantar mas só petiscam qualquer coisa antes… serve para “enganar” o estômago.

O RAW e o SmackDown passaram a ser programas certinhos e os PPV’s eram os “Bad Guys”, era onde aconteciam os Hell In a Cell, as Street Fight’s, os Hardcore Matches, os No Desqualification Matches, etc… Porque se pensarmos bem, os PPV’s eram isso mesmo, Pay Per View, só via quem queria, quem pagava. E era aí que a WWE aproveitava para voltar aos bons tempos, à Attitude Era, ao tempo que lhes deu toda a popularidade. A Attitude ERA nunca desapareceu... apenas estava presente em Part-Time.

Diga-se com toda a verdade que a Spike TV cortou muitos caminhos à WWE, mais propriamente ao RAW. As promos estavam mais secas e o humor contido tinha que ser diferente. A WWE fez parte da programação da Spike TV durante 5 anos (Set/2000 – Out/2005) e os ratings foram baixando ao longo do ano:

Rating Médio na Spike TV:

Ano 2000 – 5.1
Ponto Alto (5.8) (11/Set) – Estávamos no auge da feud entre os Hardy Boyz, os Dudley Boyz e Edge & Christian. Combates espectaculares e ainda um Main Event entre dois irmãos: Kane & Chris Benoit vs. The Rock & Undertaker.

Ano 2001 – 4.5
Ponto Alto (5.6) (22/Jan) – O dia a seguir ao Royal Rumble ganho por Stone Cold foi em grande. Assistimos a dois combates Hardcore entre Raven e Al Snow e um combate Tag-Team misto: Triple H & Stephanie McMahon vs. Kurt Angle & Trish Stratus. O programa acabou com um ataque do vencedor do Royal Rumble a Triple H.

Ano 2002 – 4.2
Ponto Alto (5.4) (25/Mar)
– Foi a maior audiência do ano para o RAW. Estava a decorrer a feud entre Triple H, Stephanie McMahon e Chris Jericho. O Main Event da noite foi um dos combates mais esperados desse ano: um Triple Threat Match entre Hunter, Stephanie e Jericho com o Undisputed Title em jogo e com outra estipulação: se Stephanie perdesse seria despedida da WWE.

Ano 2003– 3.7
Ponto Alto (4.5) (3/Mar) – Foi aqui que assistimos a um Main Event diferente, um combate hardcore entre três especialistas: Kane, RVD, Tommy Dreamer e Al Snow e as peripécias da já esquecida dupla de canadianos Jericho & Christian.

Ano 2004 – 3.7
Ponto Alto (4.5) (22/Mar)
– Neste dia assistiu-se ao draft entre os GM’s do RAW e SmackDown! onde o maior choque foi a aquisição de Triple H por parte da SD!. Assistiu-se ao despedimento de Heyman quando este descobriu que tinha sido adquirido pelo RAW e o regresso de Edge aos ringues.

Ano 2005– 3.6
Ponto Alto (4.4) (27/Jun) – Foi o dia em que se soube o nome das duas últimas super-estrelas que iriam viajar do SmackDown! para o RAW. Depois de duas fantásticas aquisições, o campeão da WWE John Cena e o medalhado olímpico Kurt Angle, o fãs da WWE viram o gigante Big Show e o regressado RVD juntarem-se ao roster de Segundas à noite. Viram também Ric Flair desistir perante o Ankle Lock e o regresso de Hulk Hogan para ajudar o seu amigo HBK.

O regresso à USA Network foi uma lufada de ar fresco… e foi feito com pompa e circunstância. A Lenda do Hardcore marcou presença no espaço de uma das estrelas mais controversas de sempre, Roddy Rowdy Piper, Stone Cold marcou presença para dizimar a família McMahon e Triple H fez o seu regresso ao ringue para encher o seu melhor amigo de porrada. A irreverência estava de volta. McMahon até parecia outro. Mais participação no programa e combates mais “puxados”. Já assistimos a Street Fight’s, Combates de Jaula, First Blood, muito sangue já foi derramado e as promos merecem cada vez mais uma bolinha no canto.

A maior e mais notória diferença são mesmo as promos e a liberdade dada àqueles que as fazem. A super-estrela que mais lucrou com esta mudança foi Edge. Gimmick de “Rocker”, ar de irreverente e saidinho de uma feud em que tinha roubado a namorada ao melhor amigo (que por acaso até aconteceu na vida real), Edge até começou a ser chamado de “Rated R Supestar”, traduzindo, Estrela Irreverente (Alexandre Bettencourt respect!). O belo do presidente, Vince McMahon, começou também a ter mais participação no programa. Primeiro despediu JR (tornou-se heel), depois despediu Eric Bischoff (tornou-se face) e depois começou uma longa feud com Shawn Michaels (virou heel novamente).

Rating Médio na USA Network:

Ano 2005 – 3.8
Ponto Alto (4.5) (3/Out)
– O ponto alto de 2005 na nova casa não podia ser outro: o regresso ao canal original foi muito publicitado e anunciado. O regresso de grandes estrelas e muita irreverência à mistura fizeram desta emissão a mais vista.

Ano 2006 – 4.3
Ponto Alto (4.5) (22 & 30/Jan & 6/Fev)
– O princípio do ano tem sido muito bom para a WWE. Em três semanas consecutivas atingiu um rating de 4.5. Nesta altura decorria a feud entre Edge e John Cena, vimos os dois como campeões e vimos ainda o começo do torneio para ver quem ia à WrestleMania lutar com o campeão.

Por mim, USA ou Spike TV, não importa muito, agente aqui vê na nossa Sic Radical, portanto… Mas é bom que a WWE continue com a irreverência que a caracterizou ao longo dos anos. É bom não perder a identidade, não deixar para trás aquilo que a colocou no topo e é preciso, sobretudo, agradar aqueles que a isso ajudaram.
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